conecte-se conosco

Ciência e Saúde

Litoral tem 50 casos suspeitos de Dengue

Paraná já contabiliza mil casos e dois óbitos

Publicado

em

Foto: Divulgação / Istock / Getty Images

Na terça-feira, 4, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou o Informe Epidemiológico n.º 08/2022-2023 sobre a situação da dengue em todo o Paraná. Segundo os dados técnicos, neste boletim o litoral paranaense não contabilizou novos casos de Dengue, doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. A região litorânea registra 11 pessoas infectadas desde o começo de agosto de 2022.

Os dados são do 8.º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 31 de julho de 2022 e deve seguir até agosto de 2023.

Neste novo ciclo foram confirmados 119 casos e uma morte por Dengue no Paraná.

LITORAL

No informe divulgado pela Sesa, o litoral contabiliza 11 casos da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, desde 31 de julho de 2022, sendo Pontal do Paraná (5); Paranaguá (3); Antonina (2) e Matinhos (1). Óbitos não foram registrados nas cidades litorâneas.

O litoral do Paraná tem 50 casos em investigação da doença, sendo: Paranaguá (45); Antonina (2) e Guaratuba (2) e Matinhos (1).

O Informe Epidemiológico n.º 08/2022-2023 da Secretaria de Estado da Saúde indica que no litoral não há confirmações de febre Chikungunya e de Zika Vírus.

PARANÁ

O Paraná registrou mais 1.227 notificações da dengue, 119 casos confirmados e uma morte pela doença no 8.º informe semanal do período epidemiológico 2022/2023, publicado na terça-feira, 4, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O óbito foi registrado em Foz do Iguaçu no dia 5 de setembro. Trata-se de um homem de 85 anos, com comorbidades.

O Estado já computou 10.247 notificações, mil casos e duas mortes desde o início do novo período epidemiológico, que começou no dia 31 de julho e deve seguir até agosto do ano que vem.

No período epidemiológico anterior (2021/2022), encerrado no dia 30 de julho, o Estado somou 132.328 casos da doença, sendo 120.073 casos autóctones (quando a dengue é contraída no município de residência do paciente) e 88 óbitos. Foram registrados 33 casos confirmados de chikungunya – 9 autóctones. Não houve confirmação de caso de zika.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, mantém ações permanentes para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue zika, chikungunya e da febre amarela urbana. A Sesa faz monitoramento ininterrupto dos dados epidemiológicos das doenças e reforça, junto aos municípios, a importância da revisão e atualização de seus planos de ação e de contingência, com o objetivo de mobilizar os gestores, de forma intersetorial e integrada, para o enfrentamento da dengue e demais arboviroses.

Essa atuação prosseguiu mesmo no inverno, quando há redução no número de casos. A Secretaria da Saúde também monitora de forma contínua os dados dos levantamentos entomológicos de infestação por Aedes aegypti realizados pelos municípios.

“Cerca de 90% dos criadouros estão nos quintais e ambientes internos das residências. Depósitos como garrafas, caixa d´água e ralos destampados, bebedouros para animais, vasos de plantas, coletores de água da geladeira e do ar-condicionado destacam-se como os principais locais que podem acumular água e servir de criadouros para o mosquito”, explica a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.

“Isso evidencia que as ações de combate ao mosquito precisam ser contínuas no que se refere à sensibilização social e limpeza urbana para o controle do Aedes”, reforça o secretário de Estado da Saúde, César Neves. A transmissão das doenças se dá pela picada do mosquito fêmea infectado.

Em caso de sintomas característicos da doença (febre, dores no corpo, cansaço), a população deve procurar os serviços de saúde e seguir as recomendações da equipe, evitando que se agrave o quadro clínico. Idosos com comorbidades são considerados vulneráveis, suscetíveis ao agravamento da doença.

VÍRUS

Existem quatro sorotipos do vírus de dengue: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A pessoa acometida por um dos quatro sorotipos se torna imune pelo resto da vida ao sorotipo pelo qual foi infectada. A reincidência da dengue pode agravar os sintomas e levar à forma grave da doença.

Atualmente no Paraná há registros de circulação dos sorotipos DENV-1 e DENV-2. No período epidemiológico 2019/2020, registou-se uma maior circulação do sorotipo DENV-2.

“Como ainda não havia predominância deste sorotipo no Estado, muitas pessoas foram contaminadas e este é um dos fatores que podem ter contribuído para o registro dos mais de 220 mil casos confirmados naquele período”, comenta Ivana Belmonte.

HISTÓRICO

A Secretaria da Saúde monitora os dados da dengue desde 1991, quando o Paraná apresentou 161 notificações e 16 casos confirmados, todos importados, ou seja, os pacientes foram infectados fora do Estado. Neste primeiro informe não teve registro de óbitos.

O ano de 2007 marcou o primeiro grande surto de dengue no Paraná, considerando-se que houve um aumento expressivo da incidência de casos quando comparada aos anos anteriores. Foram mais de 50 mil notificados, cerca de 26 mil confirmados e sete pessoas morreram.

A série histórica da doença aponta que o período 2019/2020, foi o de maior registro de casos, finalizado com 227.724 confirmações e 177 óbitos.

Com informações da Sesa

Em alta

plugins premium WordPress