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Ciência e Saúde

Fiocruz explica como diferenciar Dengue, Zika vírus e Chikungunya

Litoral já confirmou 41 casos de Dengue e um de Chikungunya desde agosto de 2022

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Foto: Divulgação/Fiocruz

Na terça-feira, 31, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou informações sobre como diferenciar as doenças Dengue, Zika vírus e Chikungunya, todas elas transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, que se prolifera, em grande quantidade no Brasil em regiões com predominância de climas quentes e úmidos, exatamente como a do litoral do Paraná. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em seu informe n.º 23, divulgado nesta semana, a região litorânea conta, desde 16 de agosto de 2022 até 31 de janeiro de 2023, com 41 casos confirmados da Dengue, um de Chikungunya e nenhum de Zika, algo que reforça a necessidade de saber diferenciar o diagnóstico e sintomas.

De acordo com o último informe da Sesa divulgado em seu site, o litoral conta, até a última terça-feira, 31, com 41 casos confirmados de Dengue em Paranaguá (25), Pontal do Paraná (6), Matinhos (5), Guaratuba (2) e Antonina (2). Além disso, na última semana foi confirmado o primeiro caso confirmado de Chikungunya na região, em Guaratuba.

“O Brasil é um país que apresenta vários tipos de clima, com predominância dos quentes e úmidos, essa característica faz com que uma grande quantidade de insetos se estabeleça no território, como os mosquitos do gênero Aedes, que se desenvolvem, principalmente, em zonas tropicais e subtropicais. Esses mosquitos são importantes vetores de doenças, tais como: dengue, chikungunya e zika, sendo a espécie que merece maior atenção no Brasil”, informa a Fiocruz.

Dengue

De acordo com a Fundação, além de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, as enfermidades apresentam sintomas semelhantes, algo que pode dificultar o diagnóstico. “A dengue, por exemplo, é a doença mais grave quando comparada à chikungunya e à zika, pois causa febre, dores no corpo, dores de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Em casos mais graves, pode provocar hemorragias, que podem ocasionar óbito”, ressalta a assessoria.

Chikungunya

“Já a chikungunya também causa febre e dores no corpo, mas as dores se concentram principalmente nas articulações, diferentemente da dengue, que causa dores predominantemente musculares. Alguns sintomas da chikungunya duram em torno de duas semanas, contudo, as dores articulares podem permanecer por vários meses. Casos de morte são muito raros, mas a doença, em virtude da persistência da dor, afeta bastante a qualidade de vida do paciente”, informa a instituição científica.

Zika 

Segundo a Fiocruz, a Zika é a doença com sintomas mais leves. “Pacientes com essa enfermidade apresentam febre mais baixa que as citadas anteriormente, olhos avermelhados e coceira característica. Em virtude desses sintomas, muitas vezes a doença é confundida com alergia. Normalmente a zika não causa morte e os sintomas não duram mais que sete dias. No entanto, é importante lembrar, que a doença causa sérios problemas em gestantes e seus bebês, tais como a microcefalia. Além disso, a zika se relaciona com uma síndrome neurológica que causa paralisia, chamada de Síndrome de Guillain-Barré”, alerta a assessoria.

Tratamento semelhante

“O tratamento dessas doenças é praticamente o mesmo, uma vez que não existem medicamentos específicos para elas. Recomenda-se que o paciente, nos três casos, permaneça em repouso e beba bastante líquido. Alguns medicamentos são indicados para dor, mas não se deve recorrer a remédios que contenham ácido acetilsalicílico, pois, podem desencadear hemorragias”, ressalta a Fiocruz.

Diagnóstico por hemograma

A Fundação explica que a melhor maneira de diagnosticar a doença contraída é o hemograma, método que colabora na diferenciação dos quadros. Isso ocorre visto que a queda nas plaquetas e a leucopenia são mais significativas na Dengue e quase inexistente na zika. “Além disso, Bio-Manguinhos possui cinco kits para diagnóstico que detectam essas doenças em seu portfólio, cinco deles são testes rápidos, cujos resultados saem em 20 minutos: DPP® Dengue IgM/IgG, TR DPP® DENGUE NS1 – Bio-Manguinhos, DPP® Chikungunya IgM/IgG, DPP® Zika IgM/IgG e DPP® ZDC, este último ajuda a detectar não só dengue como zika e chikungunya simultaneamente”, informa a assessoria.

Kits moleculares

“O portfólio do Instituto conta ainda com mais dois kits moleculares: Kit Molecular ZC D-Tipagem – Bio-Manguinhos e Kit ZDC (zika, dengue e chikungunya), que utiliza a plataforma de PCR em tempo real para detectar a infecção pelos vírus zika, dengue e chikungunya nos primeiros dias após a infecção. Funciona de maneira complementar aos testes sorológicos, que precisam de um período de aproximadamente 7 dias após o início dos sintomas para entregar um resultado positivo”, aponta a Fiocruz.

Vacina? Somente para a dengue

Segundo a Fiocruz, apenas a Dengue conta atualmente com vacina desenvolvida para a prevenção, enquanto a Zika vírus e Chikungunya ainda não. “Assim sendo, a melhor forma de prevenção é reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de criadouros, sempre que possível, ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas/capas/tampas”, finaliza.

Com informações da Fiocruz e Sesa

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