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Osteoporose: como se prevenir e se cuidar

Dr. Allex do Amaral e Castro é médico ortopedista e traumatologista. Área de atuação em densitometria óssea. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT; Membro da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo – ABRASSO; Membro da Associação Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo – ABOOM; e Fellowship em Cirurgia do Pé e Tornozelo

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A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas. Estima-se que 10 milhões de pessoas tenham esta doença no Brasil. Porém, muitas vezes a osteoporose é negligenciada e, por isso, subdiagnosticada.

Atualmente, os dados nacionais sobre a doença são escassos, desta forma, algumas orientações e cuidados são de grande importância para a prevenção e cuidados contra esta doença.

Neste Momento Saúde Unimed, o médico ortopedista Dr. Allex do Amaral e Castro, fala da doença e de como se prevenir e se cuidar. Confira:

O que causa a osteoporose?

Dr. Allex: É interessante lembrarmos que o osso é um tecido metabolicamente ativo. Por mais que tenhamos cuidados em ingerir alimentos nutritivos, regularmente ocorre deposição e absorção no tecido ósseo, para termos o cálcio disponível em diversos processos orgânicos, além do mineral no osso.

Se houver desequilíbrio, ou seja, um consumo acima da deposição, teremos mudança na arquitetura (formato) e resistência; a consequência é a mudança estrutural, com tendência às fraturas a partir de traumas com baixa energia – que é a osteoporose.

Aproveito para ressaltar que nossa massa óssea é formada até nossos 35 anos, em média. Conforme o momento em questão, há pessoas com baixa massa óssea constitucional, o que é diferente da osteoporose.

Quais são seus principais sintomas?

Dr. Allex: Infelizmente, o sintoma mais comum seria ocorrer uma fratura com trauma de baixa energia (na população vulnerável). Nesse caso, tem-se o diagnóstico clínico. Não necessariamente haverá dor nos pacientes com osteoporose.

A base genética da osteoporose é semelhante à da artrose. Ambos estão relacionados com o envelhecimento e a dor secundária aos processos degenerativos pode ser interpretada como causada pela osteoporose. É necessário que haja avaliação do médico, de preferência especialista. 

Quais são os fatores de risco? Pessoas com idades mais avançadas podem desenvolver com mais facilidade?

Dr. Allex: Em geral, dentro de um universo de possibilidades, as pessoas sedentárias, que não praticaram atividade física quando jovens, assim como pacientes com doenças que alteram a absorção dos alimentos, tabagistas, etilistas, usuários regulares de corticoides e portadores de doenças crônicas, tendem a estarem com maior risco de desenvolverem o quadro.

A abordagem é muito ampla, o melhor caminho para levantar fatores de risco é a avaliação individualizada.

O processo de tendência à diminuição da massa óssea é fisiológico, conforme o passar dos anos. Esse dado, somado aos fatores de risco (modificáveis e não modificáveis), pode acelerar a diminuição da qualidade no tecido ósseo.

Como prevenir a osteoporose?

Dr. Allex: A prevenção é o melhor caminho. Executar atividades físicas regulares, de preferência com algum fator de resistência (carga), manter níveis adequados de vitamina D e alimentação balanceada (estando equilibrado o processo de absorção no trato digestivo), com controle rigoroso de doenças crônicas (comorbidades), apresentará bom resultado.

Aproveitamos para lembrar que Paranaguá possui um serviço de assistência à fratura por fragilidade óssea, e prevenção de novas fraturas, cadastrado na fundação mundial de assistência à osteoporose – IOF, que presta atendimento aos usuários UNIMED. Maiores informações em https://www.capturethefracture.org/map-of-best-practice.

 Como é feito o tratamento?

Dr. Allex: Uma vez que haja diagnóstico de osteoporose (clínico, como uma fratura por trauma de baixa energia, ou densitométrico, em triagem de rotina), devem-se investigar causas secundárias (fatores que contribuem para desenvolvimento ou piora do processo), antes de fechar como osteoporose primária. Na vigência do fator secundário não identificado, o tratamento poderá ser ineficaz.

A atenção deve ser individualizada. Além da investigação acima, conforme evolução, pode ou não ser necessário o uso de medicações. Ressalto que os remédios, quando utilizados, são parte do tratamento. Importante sempre enfatizar a relevância dos hábitos de vida, fundamentais para evolução favorável.

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