Semeando Esperança

Fraternidade e Paz

É importante iniciar esta segunda semana do Tempo da Quaresma tomando consciência dos passos dados pelas Campanhas da Fraternidade realizadas de modo ecumênico.

Fraternidade e Paz

Fraternidade e Paz

É importante iniciar esta segunda semana do Tempo da Quaresma tomando consciência dos passos dados pelas Campanhas da Fraternidade realizadas de modo ecumênico. Ao fazer memória do caminho percorrido, o coração pode se abrir à esperança de superarmos as barreiras que nos dividem e ferem.

O ano 2000, depois de um milênio marcado por guerras, intolerâncias, crises econômicas, viu acontecer a primeira campanha da fraternidade ecumênica – CFE. Era um grito comunitário por mais “Dignidade humana e paz e por um novo milênio sem exclusões”, afirmando que a fé em Jesus Cristo inclui: crer em sua palavra, acolher seus mandamentos e, a partir daí, trabalhar para a superação das desigualdades, das violências, do despreza por povos e culturas.

Depois desta feliz experiência, em 2005, prosseguiu-se o clamor pela paz: “Solidariedade e paz – felizes os que promovem a paz”. Em um país como o Brasil, historicamente marcado pela violência, o gesto concreto daquele ano – o recolhimento de armas de fogo, realizado em numerosos comunidades, não sem pressões e conflitos, pois nem todas as pessoas eram favoráveis ao desarmamento – contribuiu para a Campanha do Desarmamento.

Em 2010 aconteceu pela terceira vez a CFE: “Economia e vida – Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro (Mt 6,24)”. Ela mostrou que a paz – horizonte irrenunciável – requer o enfrentamento das desigualdades econômicas. Como podemos falar de paz, quando pessoas passam fome e não têm trabalho, nem terra e nem teto? Como falar de paz, sem denunciar as injustiças econômicas, sociais e ambientais?

Com o tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e com o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24), a Campanha de 2016 contribuiu para denunciar o escândalo da ausência de saneamento básico em nosso país, e clamar justamente por saneamento básico e acesso à água potável de qualidade como direitos humanos fundamentais.

Perseguindo o ideal de se promover uma necessária cultura da paz, a CFE 2021 reafirma o diálogo como possibilidade de se viver a unidade na diversidade, superando as violências que marcam o nosso mundo: “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor”. Com ela, afirmamos que a fraternidade e o diálogo são para nós compromissos de amor e de fé: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2,14a).

Enfim, aos irmãos e irmãs que puderem, segundo sua convicção religiosa, peço que rezem por mim. Neste domingo, 28 de fevereiro, completo 11 anos de minha ordenação episcopal. Fui nomeado bispo auxiliar de São Paulo em 30 de dezembro de 2009, pelo Papa Bento XVI, e ordenado bispo no dia 27 de fevereiro de 2010, em Maringá. O Papa Francisco foi quem me enviou como Bispo da Diocese de Paranaguá, onde me encontro desde o dia 17 de dezembro de 2015.

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