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Paraná Produtivo

Exportações de grãos

Com um novo terminal interligado a oeste do cais, os operadores do Porto de Paranaguá preveem movimentar cerca de 6 milhões de toneladas de granéis sólidos de exportação no 1.º trimestre de 2021.

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Exportações de grãos

Com um novo terminal interligado a oeste do cais, os operadores do Porto de Paranaguá preveem movimentar cerca de 6 milhões de toneladas de granéis sólidos de exportação no 1.º trimestre de 2021. Somados, os volumes esperados de soja, farelo, milho e açúcar representam alta de 11% em relação ao que foi exportado nos mesmos três meses de 2020 – de 5,47 milhões de toneladas. “Para atender essa demanda vamos precisar do Corredor de Exportação funcionando 100%. O objetivo é ter máxima produtividade nos três berços a leste do cais e ainda contar com o berço 201, no corredor oeste, e o berço 204”, destaca o diretor de operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.

Melhora na soja

As lavouras de soja no Paraná registraram uma ligeira melhora de qualidade nos cultivos que se desenvolvem para a safra 2020/21, com avanço de 1 ponto percentual nas áreas classificadas como boas, para 79%, ante a última análise feita em dezembro, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) na última terça-feira, 5. Houve recuperação na umidade do solo no período, embora o volume de chuvas ainda não seja considerado adequado, em relação a anos anteriores, disse à Reuters o economista do Deral, Marcelo Garrido. “Teremos informações mais detalhadas no levantamento da próxima semana, já que muitos técnicos de campo das cooperativas e empresas estão de férias nesse período”, acrescentou. As lavouras em condições médias representam 17% das áreas e as ruins  – onde há perda sem chance de recuperação – são 3%, de acordo com o Deral.

Livre de aftosa

O Paraná espera obter em maio deste ano, o reconhecimento internacional como Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). O novo status sanitário tornará a pecuária paranaense ainda mais competitiva podendo acessar os mercados internacionais mais exigentes. O status sanitário internacional permitirá ao Paraná praticamente dobrar as exportações de carne suína. Em 2019, o estado exportou um volume de 118 mil toneladas. Isso pode acontecer em caso de o Paraná conquistar apenas 2% do mercado potencial, liderado por Japão, México e Coreia do Sul, que pagam mais pelo produto com reconhecida qualidade sanitária. Desde outubro de 2019 estão proibidos o uso e a comercialização da vacina contra febre aftosa no Paraná.

Superávit em 2020

Com a pandemia do covid-19 afetando as importações em maior escala do que as exportações, o Brasil registrou um saldo positivo de US$ 50,995 bilhões no comércio exterior em 2020. O valor representa uma alta de 6,2% em relação ao saldo da balança comercial de 2019. O resultado de 2020, contudo, ficou abaixo da mediana de US$ 51,2 bilhões nas projeções (US$ 47,2 bi a US$ 58,9 bi). De acordo com dados divulgados na última segunda-feira, 4, o valor foi alcançado com exportações de US$ 209,921 bilhões, que superaram as importações, de US$ 158,926 bilhões. No geral, a pandemia levou a um recuo de 7,7% na corrente de comércio do Brasil com os demais países, incluindo vendas e compras do exterior.

Déficit em dezembro

Já a balança comercial de dezembro registrou déficit comercial de US$ 42. O valor foi alcançado com exportações de US$ 18,365 bilhões e importações de US$ 18,407 bilhões. As importações registraram aumento de 39,9%, influenciadas pela nacionalização de cinco plataformas de petróleo no valor de US$ 4,7 bilhões. Com isso, em dezembro, houve crescimento de 49,6% em produtos da indústria da transformação, mas queda de 9,3% em agropecuária e de 49,6% em indústria extrativa. Já as exportações recuaram 5,3%, com recuo de 21,4% em agropecuária, queda de 8,8% em indústria extrativa.

Carteira de crédito

A carteira total de crédito no Brasil deve crescer 7% em 2021, segundo expectativas dos bancos compiladas na Pesquisa Febraban de Economia Bancária, realizada entre 17 e 21 de dezembro e divulgada na última segunda-feira, 4. A projeção está ligeiramente acima do prognóstico anterior, de novembro, de crescimento de 6,8%, com a Federação Brasileira de Bancos observando um processo de normalização da demanda por crédito no país. Ainda assim, mostra desaceleração ante 2020, uma vez que a pesquisa da Febraban também mostrou melhora na projeção para o crescimento da carteira total do ano passado, para 13,7%, de 11,8% na apuração de novembro.

Crédito rural

A contratação de crédito rural no Brasil para a safra 2020/21 aumentou 18% nos seis primeiros meses da temporada (julho a dezembro) e chegou a 125,3 bilhões de reais, em relação ao mesmo período do ciclo anterior, disse o Ministério da Agricultura na última terça-feira, 5. A tomada de recursos para investimento foi a que mais cresceu, com alta de 44%, para 39,57 bilhões de reais. Os financiamentos de custeio seguem na liderança em volume de recursos e alcançaram 67,86 bilhões de reais (+12%), enquanto o crédito para industrialização atingiu 7,18 bilhões (+2%).Somente os financiamentos para comercialização recuaram, na casa de 9%, a 10,67 bilhões de reais, conforme dados do Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021.

Dinheiro estrangeiro

Os investidores estrangeiros retiraram R$ 31,8 bilhões da bolsa brasileira em 2020, segundo dados divulgados na última terça-feira, 5, pela B3. No consolidado de 2020, os estrangeiros compraram R$ 3,443 trilhões em ações e venderam R$ 3,475 trilhões. Trata-se do terceiro ano seguido de perda de recursos externos, mas o volume foi menor do que o registrado em 2019, quando houve uma retirada recorde de R$ 44,5 bilhões. Apesar da saída de dinheiro estrangeiro no ano, dezembro registrou saldo positivo pelo terceiro mês consecutivo. As compras de ações destes investidores somaram R$ 330,3 bilhões no último mês do ano, enquanto as vendas atingiram R$ 310,5 bilhões, resultando num ingresso líquido de R$ 19,7 bilhões. Em novembro, houve entrada de R$ 33,3 bilhões.

Trabalhadores no agronegócio

O número de trabalhadores ocupados no agronegócio cresceu 1,3% no 3º trimestre de 2020, em relação ao segundo, um aumento de aproximadamente 217 mil pessoas, de acordo com uma pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, divulgada na última terça-feira, 5. No total, 16,94 milhões de pessoas estavam empregadas no período. Por outro lado, na comparação com o 3º trimestre de 2019, houve uma queda expressiva no número de ocupados, de 7,58%, o equivalente a 1,39 milhão de pessoas. Segundo pesquisadores do Cepea, a alta da ocupação em relação ao segundo trimestre é um indicativo de recuperação no mercado de trabalho do agronegócio.

Famílias endividadas

O endividamento das famílias brasileiras aumentou em dezembro, interrompendo uma sequência de 3 quedas seguidas, mas a inadimplência encerrou o ano em queda, segundo dados divulgados na última terça-feira,  pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). O percentual de famílias que relataram ter dívidas alcançou 66,3% em dezembro, contra 66% em novembro. No comparativo anual, o indicador registrou aumento de 0,7 ponto percentual. Apesar da alta do endividamento, a CNC destacou que o percentual ficou “abaixo da média do endividamento em 2020 (66,5% do total de famílias)”. O indicador considera dívidas os compromissos assumidos com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

Influenza aviária

A França planeja abater cerca de 600 mil aves na tentativa de conter um vírus de influenza aviária que está se espalhando entre bandos de patos no sudoeste do país, disse o Ministério da Agricultura local na última terça-feira, 5. A França está entre os países europeus que reportaram cepas altamente contagiosas de gripe aviária no final do ano passado, o que levou a abates em massa, à medida que autoridades tentam limitar a transmissão de pássaros selvagens para animais de granjas. O país já abateu cerca de 200 mil animais, e pretende abater outros 400 mil, afirmou uma autoridade do ministério. Até 1º de janeiro, a França havia confirmado 61 surtos do vírus H5N8, dos quais 48 ocorreram na região de Landes, no sudoeste do país.

Mudança na Abrafrigo

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) tem um novo presidente executivo. Trata-se do economista Paulo Mustefaga, que substitui o também economista Péricles Salazar, que morreu no último dia 19, em Curitiba, vítima de covid-19. Mustefaga atua no mercado da pecuária de corte e da bovinocultura há mais de 22 anos. Consultor em gestão econômica e especialista em relações governamentais e gestão tributária, Mustefaga ocupava até agora a Diretoria de Relações Institucionais da Abrafrigo, em Brasília, onde está desde 2015. Anteriormente, ele ocupou cargos na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Ministério dos Transportes. O executivo também já participou, como representante do setor privado, de missões de negociações e abertura de mercado para o setor agropecuário brasileiro à União Europeia, EUA e Ásia.

Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br.

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