A colheita da cevada terminou no Paraná e, apesar da estiagem, o volume e a qualidade da produção são considerados excelentes. Esse é um dos assuntos do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, produzido pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 22 a 27 de novembro. O Paraná é o maior produtor nacional de cevada. Na atual safra, os produtores paranaenses semearam 63.058 hectares e colheram 261.912 toneladas. Os grãos tiveram germinação acima de 95%, classe 1, que é o melhor padrão para a cevada. Junto com a excelência de qualidade, os preços alcançaram os melhores patamares dos últimos anos. A saca é comercializada por R$ 82,00, valor 37% acima da média de 2019. Cerca de 82% da produção já está vendida.
Primato premiada
A Primato Cooperativa Agroindustrial foi novamente considerada uma das melhores empresas para se trabalhar segundo a pesquisa Great Place to Work (Ótimo Local para Trabalhar em português). Com o resultado, a cooperativa foi certificada pelo 2.º ano consecutivo com o Selo GPTW. O Programa de Certificação GPTW é feito por meio de uma ferramenta online de pesquisa e diagnóstico do clima organizacional e a certificação permite a medição de forma prática a percepção dos funcionários em relação à empresa. A participação no programa garante a entrega do resultado da pesquisa para trabalhar ações internas e se os colaboradores considerarem a organização um ótimo ambiente de trabalho e a empresa atingir nota 70 (ou mais) na pesquisa terá seus esforços reconhecidos com a visibilidade de um selo digital de certificação.
Apoio ao turismo
Com a utilização de praticamente todos os recursos disponíveis no BNDES para o ano de 2020, nos próximos meses a Fomento Paraná vai direcionar todos os esforços na oferta de crédito para o segmento de turismo, com a linha Fomento Turismo, para projetos de inovação, com recursos da Finep, bem como nas tradicionais linhas de microcrédito. De acordo com o diretor-presidente da instituição, Heraldo Neves, boa parte dos recursos do Fungetur disponibilizados pelo Ministério do Turismo já foi colocada no mercado e o Ministério se dispõe a liberar novos recursos. “Parte desse trabalho está sendo feita com a Caravana do Crédito Turismo, que estamos levando aos municípios do Litoral e da Costa Oeste, para colocar a linha Fomento Turismo à disposição dos empreendedores que estão se preparando para atender os veranistas durante a temporada”, afirma.
Soja em Paranaguá
Um navio com 30,5 mil toneladas de soja dos Estados Unidos chegou na última sexta-feira, 27, à área do Porto de Paranaguá, de acordo com sistemas de monitoramento de embarcações, marcando a iminente entrega de uma rara compra feita na América do Norte em meio à oferta reduzida. Neste ano, o Brasil vendeu grandes volumes de soja para a China, maior importadora global da oleaginosa, o que fez com que sobrasse pouco para o consumo doméstico. A situação resultou em um valor recorde em reais da matéria-prima para a ração, ajudando a impulsionar a inflação dos alimentos no país. Embora seja uma quantidade pequena para os padrões comerciais globais, as 30,5 mil toneladas são o maior volume de soja dos EUA comprado pelo Brasil desde 1997.
Qualidade da soja
A região de Maringá realiza o 16º Concurso Regional de Qualidade na Colheita da Soja. O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) criou a competição para melhorar o desempenho durante a colheita do produto. O concurso premia os operadores de máquinas que forem mais eficientes no trabalho. A premiação desta edição será de forma virtual e transmitida pelo canal do IDR-Paraná no YouTube na próxima quinta-feira, 3, às 19 horas. O concurso tem como objetivo demonstrar que é possível reduzir os desperdícios na colheita e aumentar os lucros com a soja. O Paraná cultiva em torno 5,4 milhões de hectares de soja. Se todos os operadores tivessem o mesmo desempenho dos participantes do concurso, seriam 3.888.000 sacas não desperdiçadas e uma economia para o estado em torno de R$ 388,8 milhões.
Agropecuária nos portos
A participação dos produtos agropecuários na movimentação de cargas nos portos brasileiros passou de 16% em 2019 para 21% em 2020. Até o mês passado, a circulação de produtos agropecuários chegou a 175 milhões de toneladas. Os dados se referem aos primeiros dez meses dos dois anos. Nesse período, a movimentação total de cargas nos portos brasileiros foi de 850 milhões de toneladas. Essa quantidade é 3,7% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado. As informações formam as análises compiladas no Boletim Logístico, divulgado esta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo foi feito com base em dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) até o terceiro trimestre de 2020.
Produção de carnes
No segundo Food Outlook do exercício a FAO estima que a produção mundial de carnes de 2020 girará em torno dos 337,3 milhões de toneladas, recuando apenas meio por cento em relação a 2019. A nova previsão é menos pessimista que a de junho, ocasião em que os desdobramentos da pandemia de covid-19 levaram a FAO a projetar uma redução próxima de 2%. Este será o menor volume alcançado no triênio 2018/2020. A maior redução continua recaindo sobre a carne suína, mas em índice bem menor que em 2019. No ano passado a queda foi estimada em quase 10%. Em 2020 projeta-se que recuará pouco mais de 4%. É previsto ligeiro recuo – de pouco mais de 1% – na produção de carne bovina a quedas na Índia, Austrália e Brasil, o que resultou em suprimentos apertados e valorização do produto.
Contas públicas
As contas do setor público consolidado registraram superávit primário de R$ 2,953 bilhões em outubro, informou o Banco Central na última segunda-feira, 30. Os números englobam as contas do governo federal, estados, municípios e empresas estatais. O superávit primário é registrado quando as receitas de impostos e contribuições do governo são maiores que as despesas. A conta não inclui, porém, os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública. Apesar de positivo, foi o pior resultado para meses de outubro desde 2015 (déficit de R$ 15,530 bilhões). No mesmo período de 2019, o superávit fiscal foi de R$ 9,444 bilhões. Segundo o BC, foi o primeiro superávit fiscal desde janeiro.
Produção de celulose
A produção de celulose no Brasil somou 5,37 milhões de toneladas no terceiro trimestre, alta de 7,5% em relação ao mesmo período de 2019, conforme dados divulgados pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) na última segunda-feira, 30. As exportações da commodity no período de julho a setembro cresceram 11,7% na comparação anual, indo a 3,74 milhões de toneladas. O consumo aparente recuou 1,7% contra mesma etapa de 2019, para 1,67 milhão de toneladas. A produção de papel no país foi de 2,57 milhões de toneladas no terceiro trimestre, 2,9% abaixo do registrado em 2019. As exportações caíram 12,8%, para 497 mil toneladas.
Problemas na Alemanha
A ministra da Agricultura da Alemanha pediu na última sexta-feira, 27, que os frigoríficos trabalhem nos finais de semana e feriados para lidar com o acúmulo de animais nas fazendas durante a crise do covid-19. As estimativas da indústria são de que 590.000 animais, especialmente suínos, estão esperando para serem abatidos na Alemanha, disse a Ministra da Agricultura, Julia Kloeckner. “A situação foi agravada por causa das restrições relacionadas à corona sobre a capacidade de abate em toda a UE”, disse Kloeckner em uma reunião online de associações de agricultores. A Alemanha endureceu os regulamentos trabalhistas e de saúde em matadouros e frigoríficos após os surtos de Covid-19. As associações de produtores reclamam da redução da capacidade de abate e, principalmente, que os suínos precisam ser mantidos por mais tempo nas fazendas, embora já estejam prontos para a venda.
Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br.
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