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Uma nova aplicação para as cavas do Iguaçu

Reserva Hídrica do Futuro é um projeto que deve, enfim, tirar melhor proveito de áreas alagadas na região metropolitana de Curitiba, para compor o abastecimento público de água e criar novas áreas de lazer e preservação ambiental

O projeto da Reserva Hídrica do Futuro me deixou entusiasmado por constatar que além da preocupação ambiental, recuperando áreas degradadas, o novo conceito cria reservas hídricas e ambiente para atividades econômicas e de lazer. É um exemplo para outras regiões metropolitanas.

Além de armazenar água para abastecimento público, o objetivo é aumentar a resiliência hídrica na Região Metropolitana de Curitiba, por meio de wetlands (áreas alagadas), que vão converter cavas do Iguaçu em água boa e de qualidade formando uma reservação natural para auxiliar no abastecimento público. 

A perspectiva é que essas wetlands tenham capacidade total de 13 bilhões de litros de água de armazenamento, que podem aumentar a resiliência hídrica e, outros 34 bilhões de litros de água em wetlands de diluição, que vão minimizar a poluição do rio Iguaçu.

Esse conjunto de ações torna as cavas e o próprio rio Iguaçu com água mais propícia para captação quando todo o projeto for concluído.

O primeiro sistema vai interligar as cavas na região de Piraquara, numa área de 300 hectares, com capacidade de armazenamento de 4 bilhões de litros e cerca de 200 litros de água por segundo, que serão somados ao sistema de abastecimento Iguaçu. A Sanepar vai instalar comportas interligando as cavas ao canal paralelo de adução da água da Estação de Tratamento do Iguaçu e ao canal de água limpa. 

A prefeitura de Curitiba também trabalha para formar um novo parque urbano na região do Umbará e a água excedente das cavas poderá ser transportada por uma adutora que abastece Fazenda Rio Grande. O projeto envolve a Sanepar e o Governo do Estado. 

O mesmo conceito técnico será utilizado nas wetlands de diluição, que usa plantas aquáticas para retirar a carga orgânica e nutrientes da água, passando pelas antigas cavas, diminuindo a carga poluidora. Ao final restará água de melhor qualidade no rio Iguaçu. 

Essa decisão vem sendo estruturada há anos pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba, pelo consórcio de municípios Prometrópole e vai formar a Área de Relevante Interesse Ecológico do Iguaçu. Além das cavas e recursos hídricos, será formado um corredor ecológico de 150 quilômetros ligando a Escarpa Devoniana à Serra do Mar. A implantação de toda a estrutura da Reserva Hídrica do Futuro deve ser concluída em até 10 anos e terá manutenção permanente.

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