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Paraná Empreendedor

Os Britânicos e o nome do Paraná

Parte I da reprodução de trechos de uma obra importante que conta a história dos 70 anos de Maringá, importante região do Paraná e do Brasil

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Maringá está entre as dez melhores cidades para se viver no Brasil. A história dos 70 anos da “Cidade Canção”, retratada em dois volumes, que recebi de meu amigo Wilson de Matos, traz em seu primeiro volume o desbravamento do Norte do Paraná. É um excelente trabalho de pesquisa e relato de personalidades, historiadores e jornalistas, que reproduzirei aqui alguns trechos da história dessa importante região do Paraná e do Brasil.

Parte I: “Eles descobrem o Paraná”.

Investidores ligados ao império poderoso do mundo, na época, compraram em condições facilitadas 14% das terras do Estado do Paraná para desenvolver um grande projeto imobiliário e, ao mesmo tempo, a extração de madeira.

No apagar das luzes de 1923, o transatlântico Araguaya, de bandeira inglesa, com capacidade para 1.004 passageiros, fazia a linha regular de Southampton a Buenos Aires, via Cherburgo (território francês), Vigo, na Espanha, e Lisboa, em Portugal, com escalas em Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Santos e, por último, Montevidéu, no Uruguai.

O navio singrara o Atlântico trazendo a bordo uma trupe formada por financistas e investidores de Londres, em missão ao Brasil, onde se avistaria com o presidente da República, Artur Bernardes, setores do seu governo e empresários.

Denominada Montagu, a missão a bordo do Araguaya era composta também por especialistas em diferentes áreas, sob a batuta de Edwin Samuel Montagu. A 1° de janeiro de 1924, quando o navio atraca na então capital federal, o Rio de Janeiro, o grupo se apressa em dar início aos trabalhos, permanecendo durante duas semanas em reuniões com autoridades e empresários. A maioria delas na residência de Henry Lynch, membro do poderoso grupo financeiro inglês N. M. Rothschild &. Sons, o que dá o tom do interesse dos visitantes.

Ao saber da presença da comitiva, ricos produtores de café do chamado norte pioneiro do Paraná ficam em estado de alerta. Eles mantinham grandes áreas com cafezais ao redor de Cambará (antiga Alambary) e investiam na construção de um ramal ferroviário entre Ourinhos (SP) e aquela cidade, na divisa entre os dois estados.

O intento dos cafeicultores, entre eles Antonio Barbosa Ferraz Júnior e Willie da Fonseca Bradazon Davids, era atrair os abonados investidores estrangeiros. Havia vastas extensões de terra da mais alta qualidade, ainda em estado primitivo, a explorar com agricultura. Um aporte de capital de investidores do império mais forte do planeta, representaria o impulso necessário ao desenvolvimento regional, além de valorizar as terras que já contavam com um chamarisco: o ramal da Estrada de Ferro Sorocabana, o mínimo necessário para o escoamento das safras…”

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