Paraná Empreendedor

Logística reversa como fator competitivo

A responsabilidade socioambiental é um dos enfoques das empresas que buscam um diferencial competitivo. Uso consciente e descarte correto são fatores determinantes da evolução da nossa espécie.

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Quando da sanção presidencial da Lei 12.305/2010, muitos imaginavam que boa parte dos problemas com a destinação de resíduos estariam resolvidos. Aterros não seriam mais o único destino para resíduos sólidos e o país não teria lixões, nem problemas ambientais ocasionados pelo descarte irregular de produtos que são matéria prima.

A proteção ao meio ambiente é de interesse público e a logística reversa é parte fundamental deste processo. Empresas precisam ser competitivas em um sistema em que recursos são limitados e desejos são ilimitados. A logística reversa é componente chave de qualquer cadeia de suprimentos, determinante na eficiência produtiva e cada vez mais presente na experiência do cliente. 

Em quase 12 anos procuramos ajustar acordos setoriais para logística reversa de produtos e embalagens em desuso ou descartados. Antes da Lei 12.305/2010, por força da Lei 9.974/2000 e do programa Campo Limpo (2001), éramos referência na coleta de embalagens do agro.

Por outro lado, em função da miséria humana e do descaso de governantes com a base da pirâmide social, nos tornamos referência na coleta de latas de alumínio, um mercado movido pela miséria. E por omissão do Estado e com o achatamento da pirâmide social, vimos surgir milhares de garimpeiros urbanos nas grandes cidades, que competem com a coleta seletiva oficial, retirando produtos de maior valor agregado. 

Temos acordos setoriais de abrangência nacional e um bom número de acordos regionais. No Paraná governos que se sucedem desde 2010 tem procurado regulamentar acordos possíveis com setores produtivos. Agrotóxicos e suas embalagens, óleos lubrificantes, pneus, lâmpadas, pilhas e baterias, medicamentos (inclusive pet), perfurocortantes, sacos de cimento, embalagens em geral e tintas, são apenas algumas das cadeias comprometidas em acordos assinados ou em construção. 

Mas andamos a passos lentos e deveríamos acelerar nas negociações sob pena de inviabilizar nossa sobrevivência em função da pegada de carbono que deixamos no planeta. A responsabilidade com as gerações futuras não nos permite deixar a solução apenas na mão do Estado. 

A importância da logística reversa pode ser dimensionada pelos custos logísticos, questões econômicas, comerciais, ambientais, da concorrência, e tem levado muitas empresas a adotar essa medida na busca por diferenciais competitivos. 

* Colaboração: Paulo Nauiack – Empresário e Representante Comercial

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