Tenho uma amizade à distância com o historiador português Pedro Brácaro, professor de história, pesquisador e escritor. Nascido em Braga, hoje reside na Alemanha.
Conversando por WhatsApp sobre o trágico momento no Afeganistão, Brácaro fala de sua obra “Da Atlântida à Europa”, na qual através da história da humanidade sentencia que é tempo de avançarmos para um nível maior de consciência, individual e coletiva.
O poder bélico e o desenvolvimento tecnológico atuais não devem permitir uma terceira ou quarta guerra mundial. Mais que um retrocesso, seria a extinção da humanidade. É hora de avançar em consciência e em humanidade.
Trump iludiu a Europa pacífica e moderada. Fechou as portas aos refugiados, levantou muros aos desesperados. Biden desiludiu a aliança com a Europa e traiu a esperança daqueles que sonhavam com um lar de paz e prosperidade.
Dirigentes que pensam somente em seus próprios interesses, em guerras — a indústria de armas é um grande financiador de campanhas políticas — e em estratégias para que possam alcançar propósitos pessoais.
Em um mundo que deveria evoluir, lamentavelmente, o que se vê é escuridão, obscurantismo, corrupção, egoísmo e sagaz ganância. Grandes líderes envolvidos em casos de desvio de dinheiro que lesam única e exclusivamente os cidadãos.
Há formas violentas de fazer o mal, como a guerra. E tantas outras subversivas, como a corrupção e manipulação das massas. Mas no final sempre são os mais vulneráveis que pagam a fatura. Aos vilões “resta” a fatura.
As imagens das mães afegãs entregando seus filhos aos soldados americanos, não passam despercebidas. Ninguém pode ficar insensível. Possivelmente nunca mais verão seus bebês. Uma cruel e real “Escolha de Sofia”.
Com sua visão de mundo e a partir de um país com certa estabilidade, Pedro Brácaro alerta: o mundo sofre de aflição por guerras estratégicas. Seres humanos sofrem em agonia, e nós, todos, nos mantemos agarrados aos mesmos líderes, permitindo as mesmas trapalhadas, como se fossemos uma massa de gente acéfala…
É tempo de exigir muito mais de quem nos representa no poder e goza de privilégios e salários, oriundos dos impostos que todos nós pagamos.
Precisamos avançar em consciência e em humanidade.