Eu quero escrever
Ciente que seja você
O único amor do meu poema
Agora que habitas meu coração.
Sem perder um só instante da nossa calma distraída,
Rasgo palavras da folha que arde.
Sob um manto de estrelas,
A água vai fundindo cores.
Minhas mãos procurando seu rosto,
Retrato a lembrança de uma tatuagem na alma.
Cantiga na janela, salmo,
Oro agradecida, sei que é amor
Pois meu peito queima
Sempre que ouço seu nome.
Do ventre da noite
Você pode tirar os sonhos,
Hermetismo do infinito eu ousava chamá-lo.
Aquele olhar procurando,
O mar na falsa linha de um pôr do sol,
Buscando no horizonte por alguém, alguma coisa…
Mas navegando no profundo dos teus olhos, vejo vida,
Aperta o coração
Desta poeta que versa cores
Dando vida a esmaecida aquarela.
Autoria: Juciane Afonso