Por definição, memória é a capacidade de guardar ideias, registrar informações e obter lembranças. A memória pode ser considerada a base da vida, pois é a partir dela, que registramos nossos principais gostos e maiores medos, recordamos situações de acalento e também de dor. Uma variedade de registros que nos faz únicos, segundo nossas experiências e arquivos de memória. Portanto, não seria exagero dizer que nós somos o que lembramos (memória autobiográfica).
Nosso cérebro é eficaz em registrar informações e muitas destas ficam registradas na memória de trabalho. Uma capacidade humana de produzir comportamentos rotineiros, de forma automática. Prova disso é o caminho percorrido todos os dias, muitas vezes feito de forma inconsciente com o pensamento cheio de outras distrações, mas por atravessar as mesmas ruas, cruzar as mesmas paisagens, no mesmo horário, chega-se ao destino final.
As memórias são formadas por conexões entre os neurônios. Este registro pode ser temporário – memória de curto prazo, ou permanente – memória de longo prazo, o que pode levar minutos, dias ou anos. O esquecimento também é fator importante para não sobrecarregar os circuitos de memória. Sim! O esquecimento faz parte de um cérebro saudável.
A entrada da informação no cérebro humano é feita através de uma codificação, ou seja, transfere-se os estímulos recebidos do meio externo para o estágio de memória de imagens. Todo estímulo percebido é convertido em imagens visuais, sendo estas incluídas em categorias. Por exemplo: Como não lembrar da infância ao sentir o cheiro da comida da mãe? – Memória olfativa, que permite criar uma rede de associações e gravar acontecimentos da sua vida; recordarda adolescência ao escutar músicas da época? – Memória auditiva carregada de aspectos emocionais e temporais.
As emoções desempenham grande papel no processo de recordação dos fatos. Então, vamos recordar, pois como diz Toquinho: recordar é viver!
Por Bianca Malucelli