Educação com Ciência

O cérebro reage ao afeto

O afeto positivo entre os humanos pode ser desenvolvido a partir do diálogo, onde a criança sente-se importante e pertencente ao contexto familiar.

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O bebê humano é a espécie que mais necessita dos cuidados maternos. Os mamíferos primatas se especializaram nos cuidados afiliativos ao longo dos anos. Entre os cuidados básicos, que a espécie Homo sapiens necessita, estão o de saciar a fome, proteger-se do frio e das intempéries ambientais.

Junto a estas necessidades básicas está o afeto positivo. Estudos realizados, previamente com ratos, mas que segundo os autores valem para os humanos, o carinho de mãe, aqui reconhecido como a quantidade de lambidas nos ratinhos, permitiram um aumento na capacidade da memória e nos processos de aprendizagem espacial dos filhotes.

O afeto positivo entre os humanos pode ser desenvolvido a partir do diálogo, onde a criança sente-se importante e pertencente ao contexto familiar; do olhar nos olhos, ação tão rara nos dias atuais, onde todos estão “ocupados” olhando para a tela de seus celulares, mas que permite, tanto aos filhos quanto aos pais, reconhecer detalhes que as palavras não são capazes de carregar e carícias, como: beijos, abraços e massagens. A via sensitiva envia os estímulos sensoriais ao cérebro, permitindo a liberação de substâncias moduladoras de afeto, como a ocitocina e a serotonina.

Apesar do cérebro humano nascer com milhares de células especializadas e estruturas capazes de permitir atuação na complexidade da vida, ele nasce imaturo, com necessidade de aperfeiçoamento. Esse aperfeiçoamento só ocorre em interação com o mundo, com as pessoas e com os desafios. Por isso, nosso cérebro é reconhecido como um cérebro social, àquele que evolui na interação, na troca com o outro e com o ambiente.

O conhecimento científico, assim como o ser humano, se modifica constantemente e, muitas novas descobertas têm entendido o poder do ambiente na formação do indivíduo, em seus aspectos psicológicos e afetivos.

A epigenética, área da biologia que estuda mudanças no funcionamento genético, vem demonstrando que até o genoma – sequência de DNA, pode ser modificado a partir de influencias recebidas do meio externo, ao longo da vida.

 

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