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Educação com Ciência

É tempo de retornar às escolas?

Meses atrás, quando paramos nossas atividades profissionais, acadêmicas e de lazer, acreditávamos que tudo seria passageiro.

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Meses atrás, quando paramos nossas atividades profissionais, acadêmicas e de lazer, acreditávamos que tudo seria passageiro. Uma quarentena de poucas semanas que serviria para entender o que acontecia no mundo.  

Mas, hoje, aproximadamente 5 meses depois, nos perguntamos: quando tudo isso vai acabar? Quando poderemos enfim, retornar à normalidade? Ou mesmo, como será este novo normal? De qualquer forma, que possamos novamente nos reencontrar nos locais habituais com as pessoas de nossa convivência. É isso que desejamos!

A resposta? Ninguém tem. Sabemos que não será hoje. E, nem amanhã.

Mas, então, por que se discute um retorno às aulas em meio ao pico da pandemia nacional?

Como já escrito em textos anteriores, sim… Estamos perdendo de aprender, nossas crianças terão sim um “atraso” no andamento dos conteúdos escolares, contudo, elas estão seguras. E, é o que basta para o momento. Em segurança, elas se manterão saudáveis para que tenham tempo, no futuro, para recuperar o que foi perdido.

Recomendações de segurança têm sido pensadas, por órgãos de saúde, para o retorno às aulas. Mas, penso comigo (e, quem está dentro das escolas de educação básica, sabe bem do que estou falando): como será o retorno sem poder abraçar a professora ou os colegas? Como será não poder compartilhar o lanche no pátio da escola ou mesmo em sala de aula? Como é possível que haja distanciamento social entre crianças pequenas? Como é possível mediar a prática pedagógica sem se aproximar do aluno?

Ok. Tudo pode ser adaptado. Nós somos seres de fácil adaptação.

Mas, convenhamos que a escola vai perder o seu sabor. Pois, o pressuposto inicial para o processo de ensino e aprendizagem escolar é a interação social.

Nos últimos meses, os dias letivos têm sido diferentes. Nós, professores, dobramos a carga horária investida para os novos planejamentos, aprendemos novas habilidades tecnológicas, entre elas: gravar e editar vídeos.

Os alunos, também tiveram que se adequar as aulas remotas. Seus espaços em casa, agora, são locais de receber o conhecimento. E, se não é fácil para nós adultos mantermos o foco e a atenção em nossos trabalhos home Office, imagine para as crianças e adolescentes?   

Sem pretensão de reafirmar o óbvio, agora, amanhã ou semana que vem não é a hora de voltarmos. As experiências de países mundo afora não são bons exemplos.

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