Segundo um levantamento feito pela associação de produtos farmacêuticos, houve nos últimos meses, um aumento de 20 a 30% na venda de medicamentos fitoterápicos para a ansiedade.
A ansiedade é uma emoção que não é, em sua totalidade, má. Em certos casos ela pode melhorar o desempenho do indivíduo, proporcionando-lhe maior vigilância, excitação e aperfeiçoamento diante da performance exigida. Contudo, o constante estado ansioso pode prejudicar mesmo as atividades mais simples do dia a dia.
Além da sensação desagradável, a ansiedade causa complicações cognitivas, no pensar com clareza, no manter-se consciente no momento presente, na aquisição de novas aprendizagens e na fixação e recordação de fatos (funções da memória).
A ansiedade, diante das suas muitas manifestações, pode se apresentar através do perfeccionismo exagerado, dos constantes pensamentos ruins, da frequente autocrítica, das preocupações excessivas a partir da ‘ruminação’ de falas e acontecimentos.
Atitudes como estas além de render gatilhos para mais momentos ansiosos, comprometem a vida saudável, trazendo complicações psíquicas, fisiológicas e sociais.
Se não é fácil para um adulto lidar com as manifestações ansiosas, imagine para uma criança! Elas tornam-se inquietas e com pensamentos acelerados, o que por muitas vezes, resultam em frustrações e tristezas.
Mesmo nas crianças pequenas a ansiedade já é manifesta.
Os transtornos ansiosos encontram-se entre as doenças psiquiátricas mais comuns em crianças e adolescentes, alcançando 10% desta população.
A bases emocionais, ainda em desenvolvimento na criança, não lhe permite reconhecer se os seus medos e preocupações são de nível normal ou patológico. Ocasionando em um dado bastante triste e alarmante, segundo Asbahr (2004), mais de 50 % das crianças ansiosas experimentarão um episódio depressivo como parte de sua síndrome ansiosa.
O diálogo é o primeiro passo para ajudar crianças e adolescentes que passam por esta experiência ansiosa.