Nenhum amor é tão único quanto o amor de mãe! Com isso, todos hão de concordar, inclusive a nossa biologia.
O organismo feminino em preparação para a maternidade produz uma série de adaptações essenciais a nova vida.
Em meio a muitas mudanças, a liberação do hormônio ocitocina se apresenta como auxiliador na hora do parto. A ocitocina promove contrações uterinas, redução do sangramento e estimula a liberação do leite materno.
Recentes estudos vêm comprovando a ação da ocitocina também em processos emocionais, de aprendizagem e interação social, para além dos já expostos frente à reprodução feminina e os comportamentos filiativos.
A ocitocina é capaz de guiar comportamentos de vínculo e formação de pares e filiação, ou seja, estimula a capacidade humana em viver em sociedade, de criar laços afetivos com as pessoas próximas, apoiar a empatia e a confiança no outro.
Os níveis de ocitocina, em humanos, aumentam consideravelmente após as interações positivas, o contato físico, como abraços, aplicação de massagens e o olhar nos olhos, comportamentos relativos ao amar, característicos do amor maternal.
Diante disso, fundamenta-se o papel essencial da família, não apenas o da mãe, na constituição da criança e do adolescente, na regulação das emoções e na capacidade de viver em harmonia social.
É importante lembrar que a liberação de substâncias em organismo humano, como hormônios e neurotransmissores (substâncias produzidas pelos neurônios, com função de enviar informações a outras células), nos permite atuar em diferentes contextos de diferentes formas.
Vamos, portanto, agir de forma positiva, ter boas ações e pensamentos, viver em harmonia e, assim, proporcionar a liberação de substâncias benéficas ao organismo.
Por Bianca Malucelli