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Economia, política e poesia

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O Porto Dom Pedro II permanecia crescendo, principalmente devido à exportação de café. Por outro lado, os parnanguaras continuavam enfrentando carestias básicas como acesso à energia elétrica e ao transporte púbico. Para substituir – ou pelo menos ajudar – o antigo sistema de geração de eletricidade com uma usina a diesel e a antiga hidrelétrica da Serra do Prata, o governo estadual prometia construir a “Usina do Pau Oco” e fornecer energia a Antonina e Paranaguá. Sobre o transporte púbico, “a famigerada” empresa Rizental “capacitou-se de sua inutilidade e cerrou as portas”, indo tarde, dizia o “Diário do Paraná” (10/11/1947). Em seu lugar, mesmo sem um contrato com a prefeitura, uma empresa de Curitiba assumiu os serviços com “treis prehistoricos trombolhos” e segue “lambendo os magros centavos deste desamparado povo. Até Quando!…”. 

Roque Vernalha não renunciou como desejavam os políticos do PTB depois sua debandada para o PSD e continuou à frente do Executivo Municipal. Todavia isso não parece ter afetado a relação entre as duas associações partidárias. Ao final de 1947, quando ele saiu como candidato a vereador, havia três disputantes ao cargo de prefeito: João Eugênio Cominese pelo PSD e com apoio do PTB e PRP; Eugênio José de Souza pelo PR; Felipe Chede pelo PL e aparentemente contando com o apoio dos “remanescentes do extinto Partido Comunista”.

Além das eleições, uma campanha criada pela sociedade “Amigos de Paranaguá” chamava a atenção. Eles buscavam erigir uma estátua do Dr. Leocádio José Correia, mas também estavam agitando o meio político ao proporem a transferência dos restos mortais da primeira poetisa do Paraná – a parnanguara Julia da Costa, sepultada na cidade de São Francisco em Santa Catarina, onde viveu e morreu – para sua Terra Natal, Paranaguá. 

Por Alexandre Camargo de Sant’Ana

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