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Ciência e Saúde

Brasil registra crescimento de 83% nos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes

Região Sul está em segundo lugar em número de notificações entre 2011 e 2017

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O Ministério da Saúde divulgou que o número de notificações de violência sexual contra crianças e adolescentes entre 2011 e 2017 aumentou 83%. A informação gera um alerta para toda a sociedade e, em especial, para os órgãos que lutam pela mudança dessa realidade e pela proteção de crianças e adolescentes em todo o País.

A região Sul, onde se concentram os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, no que tange à violência contra crianças, é a segunda com mais notificações (21,7%). Ficando atrás somente da região Sudeste, que ficou com 40,4%. Entre os adolescentes vítimas de violência sexual, a região Sul ficou em terceiro lugar, com 18,8%.

O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde inclui como violência sexual os casos de assédio, estupro, pornografia infantil e exploração sexual.

O Brasil totalizou, entre 2011 e 2017, 184.524 casos de violência sexual, sendo 58.037 (31,5%) contra crianças e 83.068 (45,0%) contra adolescentes, concentrando 76,5% dos casos notificados nesses dois cursos de vida.

A avaliação ainda apontou que 43.034 (74,2%) eram do sexo feminino e 14.996 (25,8%) do sexo masculino. Do total, 51,2% estavam na faixa etária entre 1 e 5 anos, 45,5% eram da raça/cor da pele negra, e 3,3% possuíam alguma deficiência ou transtorno.

DESAFIO PARA AS AUTORIDADES

O material divulgado ainda reforça que a violência tem consequências profundas para a saúde física e mental nas pessoas que a vivenciam, tendo impacto no desenvolvimento psicossocial das crianças e adolescentes, no bem-estar das famílias e das comunidades, constituindo-se em desafios para os gestores e profissionais da saúde.

Além disso, o Ministério da Saúde lembra que as vítimas não são apenas meninas, já que crianças e adolescentes do sexo masculino também têm sofrido com este tipo de violência, tema que para o governo “precisa ser melhor visibilizado”.

Após os resultados, o Governo Federal afirma que pretende “fortalecer a atuação dos profissionais de saúde para a importância da integralidade do cuidado em todas as suas dimensões (acolhimento, atendimento, notificação e seguimento na rede de cuidados e de proteção social), bem como sensibilizar os gestores para a organização dos serviços e a atuação em rede no território, por meio de ações de prevenção, habilitações de novos serviços de atenção integral às pessoas em situação de violência e capacitações dos profissionais”.

 

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