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Direito & Justiça

Caso Isabelly: julgamento de acusado de matar youtuber começou nesta terça-feira, 3

Caso é julgado em Pontal do Paraná após seis anos

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Caso Isabelly

O julgamento de Everton Vargas, acusado de matar a youtuber Isabelly Cristine Domingos dos Santos, em 14 de fevereiro de 2018, começou na terça-feira, 3, no Fórum de Pontal do Paraná. O júri popular, marcado para às 9h, começou com duas horas de atraso com plenário lotado. O Conselho de Sentença foi formado por sete jurados homens. Durante dois dias de julgamento, serão ouvidas cinco testemunhas de acusação e cinco de defesa.

Neste ano, o caso completou seis anos. Um júri popular chegou a ser marcado para outubro de 2022, mas foi adiado devido ao número insuficientes de jurados. O acusado é julgado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e porte ilegal de arma fogo. 

O júri popular é presidido pela juíza de direito Dra. Carolina Valiati da Rosa. Antes de iniciar o julgamento, os advogados, de defesa e acusação, assim como a família de Isabelly, falaram com a imprensa sobre a expectativa para o júri.

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“Que a população venha e que dê um desfecho para esse caso, porque é isso que a família precisa”, disse a advogada assistente de acusação, Dra. Thaise Mattar Assad

A advogada assistente de acusação, Dra. Thaise Mattar Assad, disse que a expectativa da assistência da acusação é que o júri efetivamente ocorra dentro da legalidade, que todas as testemunhas sejam ouvidas e que a sentença venha pelo júri de Pontal do Paraná.

“Que a população venha e que dê um desfecho para esse caso, porque é isso que a família precisa. A tese da acusação são as provas que estão no processo, nos altos, são durante todo esse tempo, seis anos de colheita de provas, de tudo que foi realizado, que está concreto no inquérito. Em a instrução, as audiências, tudo isso está muito comprovado, estamos apenas reforçando que já está comprovado nos autos e buscando que a justiça seja feita nesse caso”, afirmou Dra. Thaise.

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“Estamos prontos e viemos para realizar o julgamento”, declarou o advogado de defesa de Everton Vargas, Claudio Dalledone

O advogado de defesa de Everton Vargas, Claudio Dalledone, afirmou estar pronto para apresentar a versão do ocorrido.

“Hoje é o dia do julgamento, vocês vão ver as versões, elas vão se acomodar na grande maioria das vezes do julgamento, as versões se acomodam de uma maneira absolutamente distinta daquilo que se especulou no primeiro momento. Nós estamos aqui desde a fase de inquérito, estamos chegando no plenário sempre presente, nunca recuando de nada a respeito desse processo, estamos prontos e viemos para realizar o julgamento”, declarou Dalledone.

Família aguarda por justiça

A mãe de Isabelly, que estava com ela no dia do ocorrido, Rosania Domingos Santos, disse que a expectativa para o júri é grande e que confia nos advogados.

“Eu creio na justiça justa para a minha filha, porque não tiraram uma coisa de mim, tiraram um pedaço de mim. Eu espero há seis anos e sete meses essa justiça. O que eu preciso é de resposta da justiça do Paraná, vingança jamais. A gente só está atrás do que a gente merece, do que eu mereço como mãe, meu marido como pai e meu filho como irmão dela. Preciso que a justiça seja feita, acredito que não foi uma fatalidade. A fatalidade com seis tiros não é fatalidade, é assassinato. Eles tiraram minha filha inocente, dormindo e deixaram ela agonizando no meu colo”, afirmou Rosania.

O réu está sujeito a uma pena de 12 a 30 anos de reclusão pelo crime de homicídio qualificado, e de 2 a 4 anos de reclusão pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.

Relembre o caso

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Isabelly voltava de uma gravação para o seu canal no Youtube Isa Top Show

Na madrugada de 14 de fevereiro de 2018, em Pontal do Paraná, o acusado Everton Vargas realizou disparos de arma de fogo contra o carro em que estava a youtuber Isabelly, de 14 anos. Ela voltava de uma entrevista realizada em uma casa noturna junto com a mãe, o motorista e um colega que ajudava nas gravações para o seu canal no Youtube Isa Top Show.

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O réu Everton Vargas é julgado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e porte ilegal de arma fogo

Um dos tiros atingiu a cabeça da vítima, ela chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital Regional do Litoral (HRL), mas faleceu. Os irmãos Vargas, que estavam no carro de onde partiram os disparos, foram indiciados pelo crime alguns dias depois do ocorrido, sendo que Everton efetuou o disparo e Cleverson dirigia o carro. No entanto, somente Everton será julgado no Tribunal do Júri marcado para a terça-feira, 3 de setembro.

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