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América, até quando?

“Populismo, autoritarismo, democracia frágil: as mazelas regionais na visão de quem teme pela sua perpetuação”, a visão de um homem público de visão do tipo que falta ao país no cenário atual

Terra fértil para empreendedores ousados

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Euclides Scalco estaria fazendo 89 anos, se estivesse vivo. Tive o privilégio de fazer parte de seu rol de amigos. Aprendi muito. Foi referência como homem público e faz falta no cenário político nacional.

Do jornalista Aroldo Murá: “Scalco nem de longe lembra o estereótipo do político latino. Um sorriso naquele faciens carrancudo é quase um prêmio para o interlocutor que, diante do rápido esboço facial do personagem, poderá se achar contemplado por especial graça. Mas ele nasceu assim, só parece ter aperfeiçoado ao longo dos anos essa capacidade de manter à distância – muito própria de um analista – daqueles com quem dialoga.

Na análise de conjuntura política do país e América Latina publicada no jornal Universidade – Instituto Ciência e Fé em março de 2007, Scalco nos apontava: “O desempenho econômico público e a inoperância dos governos na América Latina – uma safra de lideranças carismáticas e populistas”. Nessa análise, ele inclui o perfil dos presidentes Chávez, Morales, Rafael Correa, Kirchner e Lula: Chávez é uma personalidade paranóica que quer ser o novo Bolívar da América Latina e herdar o patrimônio político de Fidel Castro. O que preocupa é que os presidentes eleitos na América Latina se mostram dóceis à questões chavistas”.

A análise da Conjuntura Política da América Latina, tinha em vista a V Conferência do Episcopado Latino Americano e Caribenho (maio de 2007), com a presença do Papa Bento XVI. Scalco foi um dos palestrantes (“América, até quando?”) abordou os aspectos históricos e culturais e mostrou números da economia que comprovavam o péssimo desempenho latino-americano no mercado mundial, que deixam o continente à beira de um processo de africanização.

“Somos um continente em busca de identidade. O grande contingente de imigrantes europeus, entre o final do século XIX e o começo do século XX, provocou um processo de integração e miscigenação social, étnica e racial nas principais sociedades latino americanas. Esse cenário difere do processo que se observa, por exemplo, na Ásia, mais homogêneo e hierárquico que o nosso. Talvez isso possa explicar como países como China, Japão, Índia e Coréia do Sul têm avançado de maneira mais agressiva do que nós, latino-americanos.”Homens públicos como o Scalco estão a fazer falta em nossa sociedade.

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