Eleições 2020

Disparos em massa no WhatsApp podem ser denunciados à Justiça Eleitoral

Segundo o TSE, disparo em massa evidencia propagação de fake news e campanhas de ódio contra candidatos e instituições (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Disparos em massa no WhatsApp

Disparos em massa no WhatsApp

Forma de envio foi proibida pelo TSE no pleito deste ano

Na última semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou uma ferramenta on-line para denunciar e coibir a prática de disparos em massa no aplicativo WhatsApp durante as eleições de 2020 em todo o Brasil. A prática foi proibida pela Justiça Eleitoral e consiste no uso, por exemplo, de robôs e contas falsas para disparar campanhas de ódio e fake news a respeito de candidatos e instituições. A denúncia pode ser feita através do preenchimento de formulário on-line no site do TSE. 

“Pela primeira vez, nas eleições deste ano, o disparo de mensagens em massa foi expressamente proibido pela Justiça Eleitoral na norma sobre propaganda eleitoral. Os termos de uso do WhatsApp também não permitem a prática.  As mensagens do tipo em geral são impessoais e costumam trazer conteúdos alarmistas e acusatórios. A Justiça Eleitoral incentiva que o eleitor faça a denúncia se receber mensagens suspeitas provenientes, por exemplo, de contatos desconhecidos ou de vários grupos ao mesmo tempo”, explica a Agência Brasil, órgão de imprensa da União.

De acordo com o TSE, o WhatsApp, em compromisso com a Justiça Eleitoral, destacou que irá investigar denúncias e inativar contas suspeitas do aplicativo, com encaminhamento de informações às autoridades. Segundo o aplicativo, a iniciativa é algo inédito na democracia mundial. 

Internet

A medida da Justiça Eleitoral faz parte de uma ampla campanha para combater comportamentos inautênticos na Internet durante as eleições, com foco principal nas redes sociais. Segundo o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, os comportamentos são “muitas vezes provenientes de verdadeiras milícias digitais, organizadas hierarquicamente, com financiamento privado e atuação concertada para a difusão de mentiras e ataques às instituições”, complementa.

Segundo o diretor de Políticas Públicas para o WhatsApp no Brasil, Dario Durigan, os candidatos devem também denunciar indivíduos e empresas que oferecem o serviço de disparo de mensagens. “Sabemos que existem empresas que oferecem serviços ilegais de disparo em massa de mensagens, por isso o WhatsApp solicita aos candidatos que rejeitem essas propostas e façam as devidas comunicações às autoridades constituídas”, destaca.

As denúncias podem ser feitas no link a seguir: https://denuncia-whatsapp.tse.jus.br/dew/rest/denuncia/ .

Juiz eleitoral de Paranaguá pede campanha de propostas 

Em recente entrevista à Folha do Litoral News, o juiz eleitoral de Paranaguá, Dr. Guilherme Moraes Nieto, solicitou aos candidatos a prefeito e vereador do município que a campanha seja focada no debate de propostas. “Me parece mais interessante isso do que o debate focado em tentar diminuir a imagem do adversário, do que trazer boas propostas para a cidade. O anseio da população é esse. Aos eleitores pedimos para que tomem cuidado com as fake news, que são um mal e irão surgir nas mídias, visto que hoje em dia é muito fácil se disseminar uma notícia falsa”, salienta.

Outro ponto é que eleitores devem estar atentos com relação a fake news, que muitas vezes são impulsionada pelos disparos em massa. “Se você recebeu uma informação e tem dúvida, há a necessidade de confirmar a veracidade desta informação. Você não vai querer eleger alguém que já começa errado”, finaliza.

Com informações da Agência Brasil

Disparos em massa no WhatsApp podem ser denunciados à Justiça Eleitoral

Fique bem informado!
Siga a Folha do Litoral News no Google Notícias.