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Editorial

O risco da circulação de pessoas

A conta é simples, com mais gente infectada nas ruas, maior chance de o vírus chegar até aqueles que fazem parte do grupo de risco

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Com 90% dos municípios do Paraná em alerta para a gravidade da pandemia, o Governo do Paraná exigiu o cumprimento do decreto, publicado recentemente, o qual determina como deve funcionar algumas atividades até 15 de julho. Isso porque alguns municípios não estão seguindo as orientações para conter a pandemia.

O alto número de casos, elevado ainda mais nas últimas semanas em vários municípios paranaenses, coloca em risco o sistema de saúde. Vários hospitais estão sentindo os efeitos da falta de conscientização de seus moradores que, após a abertura do comércio e de várias outras atividades, retomaram sua rotina. Pessoas que não compreenderam que não é momento de passear nas ruas nem de festas com amigos e familiares. Evitar aglomerações é uma das medidas mais importantes e eficazes para evitar a doença.

Há uns dois meses, o HRL em Paranaguá tinha, entre os 10 leitos disponíveis na Ala Covid, cerca de dois ou quatro ocupados. Hoje, esse número chega a nove entre pacientes com suspeitas ou que já possuem o diagnóstico fechado para a doença. A conta é simples, com mais gente infectada nas ruas, maior chance de o vírus chegar até aqueles que fazem parte do grupo de risco.

Não se imaginaria que a situação pudesse chegar nesse ponto, já que a pandemia mostrou, no período que houve a redução de pessoas nas ruas, a possibilidade de um certo controle. Atualmente, o cenário está bastante diferente e, por isso, governantes precisam atuar de forma enérgica para evitar mais mortes.

Espera-se, portanto, que as determinações decretadas pelo Governo do Paraná sejam cumpridas não só nos municípios listados no documento, mas que todos os outros considerem a importância de medidas para evitar a circulação de pessoas.

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