SIMULAÇÃO

A cada rodada, os artistas (jogadores) ficam mais hábeis, na arte de tentar enganar os árbitros. O Neymar neste quesito merece o Oscar de efeitos especiais. Qualquer encostada no craque, ele desaba em cambalhotas intermináveis, como se fosse desmanchar por inteiro em pleno gramado russo. Na seleção brasileira ninguém se iguala a ele, nos dribles, na feitura de gols e também nos efeitos especiais. A turma das outras seleções começa a ensaiar algo parecido, timidamente, pois não é fácil a arte da simulação. Não se aprende da noite para o dia, em apenas uma Copa do Mundo. Precisa de tempo e muita técnica. Dizem que já vem de berço.

 

VAI E VEM

O atacante Kleber do Coritiba está indo embora. Dizem que finalmente chegaram a um acordo entre as partes. Kleber é bom jogador e tem um bom empresário e um ótimo advogado. Do Grêmio, seu penúltimo clube, recebe a longo tempo, imagino que no Coritiba não vá ser diferente. Enquanto isto o Atlético dos Bitcoins traz de volta Marcelo Cirino, um velocista, para reviver as jogadas de contra-ataque. Já teve bons momentos no Furacão, tomara que repita. Sorte, Cirino!

 

BRASIL X BÉLGICA

Mais uma decisão será assim até o fim, agora é contra a Bélgica, uma das boas surpresas desta Copa. Ganhamos do México com algumas dificuldades iniciais, eles ganharam de virada do Japão, em um jogo histórico, perdiam de 2 x 0 e foram buscar a vitória nos últimos minutos. Por tradição podem nos dar um certo favoritismo, acontece que nesta Copa muitos tradicionais já voltaram para casa. Portanto, todo cuidado é pouco. Entrar ligado no jogo é um pequeno conselho. Sorte, Brasil.

 

VICTOR JARA LEVOU 44 TIROS

Gente, quem ainda não escutou o cantor, compositor, violonista, Victor Jara não sabe o que está perdendo. Jara era um professor universitário chileno, que dava aulas na Universidade Técnica do Estado em Santiago, e nas horas vagas dava shows com sua arte maravilhosa. Politicamente, era comunista, suas armas eram o violão e a voz, que encantavam os jovens. No início da ditadura Pinochet foi preso no Estádio Nacional do Chile e assassinado com 44 tiros. Pois bem, 45 anos depois o juiz Miguel Vázquez condenou os assassinos ainda vivos, com penas de 3 a 15 anos de prisão. Mais uma história do mal que a força sempre faz, como dizia Belchior.