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Semeando Esperança

Tua palavra, Senhor, ilumina os nossos passos!

Diferente da leitura de um romance ou de um livro de história, a leitura da bíblia nos dá a possibilidade de encontrar Deus.

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O último domingo de setembro é, para os católicos, o Dia da Bíblia. As Igrejas Protestantes celebram esse dia no segundo domingo de dezembro, desde 1549. O objetivo, porém, é o mesmo: motivar as pessoas a lerem e meditarem a Palavra de Deus cada dia. Diferente da leitura de um romance ou de um livro de história, a leitura da bíblia nos dá a possibilidade de encontrar Deus; ela é a voz de Deus para nós: Cristo está presente quando na comunidade reunida se leem as Sagradas Escrituras e, claro, quando a lemos em grupos ou individualmente.

Esta é minha consolação na miséria: tua promessa me traz vida” (Salmo 119,50). No Evangelho deste Domingo – Lucas 16,19-31 –, Jesus conclui o seu ensinamento sobre o modo como seus discípulos devem se relacionar com as riquezas e “administrar” bem a própria vida. O homem rico, envolvido pela ostentação e pelas esplêndidas festas diárias, tornou-se indiferente à miséria de Lázaro, o pobre, doente e faminto, que jazia à sua porta. Sua riqueza o cegou, ele não via os pobres; não precisava da ajuda de Deus, estava seguro. O pobre, por sua vez, é exemplo da pobreza total; mas ele “possui” um nome: Lázaro, que significa: “Deus é minha ajuda”. Aquele que é ignorado por todos, sabe-se lembrado por Deus. Nesta terra, uma “porta” separava o rico do Lázaro; após a morte, tornou-se um “grande abismo”, que ninguém pode ultrapassar.

Tua palavra, Senhor, é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho” (Salmo 119,105). A Palavra de Deus, acolhida e praticada, destrói a indiferença e torna as pessoas capazes de abrirem suas portas e enxergarem as pessoas necessitadas; ela é a proposta de Jesus para superar os abismos sempre mais profundos e escandalosos entre ricos e pobres. A conversão requer a escuta da Palavra: “Eles – os vivos – têm Moisés e os Profetas, que os escutem” (Lc 16,29). Na transfiguração, quando Moisés e o profeta Elias, apareceram glorificados ao lado de Jesus, o Pai disse: “Este é meu Filho, o Escolhido. Escutem o que ele diz!” (Lc 9,35). A escuta da Palavra é, pois, o princípio da vida espiritual, a luz para a necessária conversão de cada dia.

A Palavra de Deus faz ver os necessitados, sentir compaixão e cuidar deles (Lc 10,29-37). São Vivente de Paulo, na França (1581-1660), organizou homens e mulheres e, por sua capacidade organizativa e sua dedicação aos pobres, a rainha da França criou e confiou-lhe o Ministério da Caridade. Assim, o insólito ministro organizou o socorro aos pobres em escala nacional. Ele, porém, sempre dizia: “Amemos a Deus, meus irmãos, mas amemos a nossas custas, com a fadiga dos nossos braços e o suor do nosso rosto”.

Irmã Dulce dos pobres, o Anjo Bom do Brasil (1914-1992), saiu pelas ruas de Salvador, ao encontro dos pobres e cuidava deles; com poucos recursos e muita fé, superou grandes barreiras e socorreu os abandonados: trabalhadores e presos, famintos e doentes. Sua obra continua hoje pela Associação Obras Sociais Irmã Dulce. “O amor supera todos os obstáculos, todos os sacrifícios”.

E nós, o que poderemos fazer em favor dos muitos “Lázaros” que estão ao nosso redor e habitam nossos bairros?

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