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Semeando Esperança

Quaresma: atitudes em favor da vida

O tempo sagrado da Quaresma, há mais de cinco décadas, encontra na Campanha da fraternidade um modo privilegiado para ser vivenciado pelas comunidades.

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O tempo sagrado da Quaresma, há mais de cinco décadas, encontra na Campanha da fraternidade um modo privilegiado para ser vivenciado pelas comunidades. “O olhar que se eleva para Deus, no mais profundo espírito quaresmal, volta-se também para os irmãos e irmãs, contempla o planeta, identificando a criação como presente amoroso do Senhor” (Texto-base). Não podemos amar de verdade a Deus que não vemos se desprezarmos o irmão que está ao nosso lado (1Jo 4,20-21; Tg 2,14-17) e o planeta, nossa Casa Comum. O amor a Deus requer atitudes “samaritanas”, que não nos deixem indiferentes à dor alheia, mas pelo contrário, sejamos abertos para ver, sentir compaixão e cuidar de quem sofre (Lc 10,33-34).

Os cuidados e defesa da vida nos questionam neste momento em que os meios de comunicação e as redes sociais têm marcado os nossos dias com muitas informações sobre o coronavírus, reconhecido como “pandemia”. Acompanhamos de perto, “em tempo real”, a rapidez como ele tem se espalhado. Essas notícias nos impressionam e amedrontam. Sim, o problema é grave, não dá para minimizá-lo. Contudo, não devemos ser propagadores de uma “pandemia do medo”. Há que comprometer-se, assumindo atitudes concretas para evitar a proliferação do vírus. Lutar contra ele é também defender a vida.

Os Bispos do Paraná, por meio de sua Presidência, emitimos uma nota para a “Prevenção da dengue e do novo coronavírus” (10/03/2020). É preciso recordar: “o estado do Paraná está enfrentando o grave problema da epidemia da Dengue”. Comprometidos com a vida, que é simultaneamente dom e compromisso, os bispos convocamos “todo o povo para adotar medidas de prevenção e combate a essa grave doença”. Tais medidas visam eliminar os possíveis criadouros do mosquito, presentes em nosso quintal: recolher “latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerante, pneus”; cuidar dos vasos de flores e de plantas”, dos “ralos, poços, fossas, caixas d’água”. Enfim, eliminar tudo o que possa recolher água e tornar-se um possível foco da dengue.

Em relação ao coronavírus, “todos têm responsabilidade de evitar as situações e circunstâncias que possibilitam o contágio”. Aquelas que as autoridades sanitárias recomendam, que, no fundo são hábitos de higiene e boa educação: manter as mãos sempre limpas; “usar lenço descartável para a higiene nasal; proteger com lenços a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; manter os ambientes bem ventilados; repouso, alimentação balanceada e ingestão de líquidos”. Além desses cuidados, os bispos acrescentamos para as nossas comunidades: “evitar o aperto de mãos durante a acolhida aos fiéis; não dar as mãos durante a oração do Pai-Nosso (gesto que nunca deveria ser feito); omitir o abraço da paz; distribuir a comunhão exclusivamente na mão”.

Os bispos, enfim, desejamos que esse tempo sagrado da Quaresma “nos inspire a ser uma Igreja cada vez mais samaritana, misericordiosa e que cuida da vida”.

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