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Semeando Esperança

Reencontrar o sentido de continuar caminhando!

O tempo da Quaresma – desde a quarta-feira de Cinzas até a tarde da quinta-feira antes da Páscoa – oferece a possibilidade de renovar nossa maneira de ver a realidade

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O tempo da Quaresma – desde a quarta-feira de Cinzas até a tarde da quinta-feira antes da Páscoa – oferece a possibilidade de renovar nossa maneira de ver a realidade pessoal, familiar, eclesial, social. E, também, ajuda-nos a encontrar cada dia o sentido para as nossas lutas, pequenas, corriqueiras ou grandes.

Jesus, ensinando seus discípulos, disse-lhes que subiriam a Jerusalém, onde ele sofreria muito, seria rejeitado e morto, mas, ao terceiro dia, haveria de ressuscitar (Mt 16,21). Os discípulos não entenderam esse anúncio. Eles ficaram confusos, em crise. Valeria a pena continuar a seguir um Messias que seria morto? Não seria melhor, então, voltar para trás, deixar de segui-lo? Em meio a essa crise, seis dias depois, Jesus tomou consigo três deles – Pedro, Tiago e João – e subiu até o alto de uma montanha. E Jesus “foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz”. A Liturgia deste dia nos ajuda a entender o significado deste Evangelho (Mt 17,1-9): “tendo predito aos discípulos a própria morte, Jesus lhes mostra, na montanha sagrada, todo o seu esplendor. E (…) nos ensina que, pela Paixão e Cruz, chegará à glória da ressurreição” (Prefácio da Oração eucarística).

Os três discípulos ficaram tão encantados com aquela visão luminosa que queriam fazer tendas e permanecer por lá mesmo, no alto da montanha. Era a tentação deles e nossa: ficar sobre o monte da glória, sem passar pelo vale do sacrifício. Contudo, a vida consiste em “subir” a montanha e dela “descer”, retomando, com Cristo, a caminhada diária, marcada por luzes e trevas, alegrias e dores. A todos ele diz: “Levantem-se e não tenham medo”.

Com Moisés e Elias que também subiram a montes altíssimos – o Sinai dos “trovões e relâmpagos” e o Horeb da “brisa suave” – acreditamos que o Senhor está conosco nos momentos altos e baixos de nossa vida. Está conosco e pode ser encontrado “entre as tempestades e os raios, isto é, nas situações de reviravolta, nos momentos dolorosos e dramáticos, no sofrimento e na dúvida”. Igualmente está ao nosso lado “nas condições serenas, nos momentos alegres, nas condições de calma e de reflexão” (Erio Catelluci).

O Senhor está conosco para assumirmos o objetivo proposto pela Campanha da Fraternidade 2020: “Conscientizar, à luz da Palavra de Deus, para o sentido da vida como Dom e Compromisso, que se traduz em relações de mútuo cuidado entre as pessoas, na família, na comunidade, na sociedade e no planeta, nossa Casa Comum”.

Mútuo cuidado” nas lutas pela dignidade das mulheres. O dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher (1910), tem por fundamento aquele 8 de março de 1857, no qual trabalhadoras de Nova York foram mortas quando exigiam melhores condições de trabalho e de direito ao voto. E no Brasil? Houve uma queda de 14,1% no número de mortes de mulheres, em relação a 2018. Contudo, cresceu 7,3% os casos de feminicídios – crimes de ódio motivados pela condição de gênero (Monitor da Violência, 05/03/2020).

O “mútuo cuidado” envolve, ainda, a saúde. O coronavírus está nos inquietando; devemos tomar todos cuidado, claro. Contudo, à nossa porta, está a dengue: como estamos enfrentando esse problema? Quais ações estamos assumindo para eliminar os focos do mosquito? E, ainda, você já foi vacinado contra o sarampo? Tem alguém de sua família que precisaria ser vacinado?

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