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Semeando Esperança

Irmã Dulce, o ‘anjo bom’

Neste domingo, 13 de outubro, a Irmã Dulce dos Pobres será canonizada pelo Papa Francisco, no Vaticano

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Neste domingo, 13 de outubro, a Irmã Dulce dos Pobres será canonizada pelo Papa Francisco, no Vaticano. É o modo como a Igreja Católica reconhece a grandeza desta mulher que lutou a vida inteira para seguir Jesus Cristo, servindo-o nos pobres e doentes.

Ir. Dulce, a Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nasceu em Salvador, no dia 26 de maio de 1914. Criança cheia de vida! Alegrava-se com as bonecas, as pipas e as vitórias do Esporte Clube Ypiranga, um time de operários e gente socialmente excluída. 

Herdou da família o cuidado com as pessoas pobres. Desde os treze anos, guiada por seu destemor e pelo senso de justiça, Maria Rita passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando-a num centro de atendimento: “A Portaria de São Francisco”.

Aos dezenove anos, professora formada, ela entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na qual recebeu o hábito religioso e adotou o nome de Dulce, para homenagear sua mãe, que havia morrido quando ela tinha apenas sete anos.

A primeira missão da Irmã Dulce foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação. Contudo, seu coração a impulsionava para as periferias de Salvador. Começou a ajudar a comunidade pobre de Alagados, um conjunto de palafitas, onde viviam numerosos operários. Para atender melhor aquela população, criou um posto médico e fundou a União Operária São Francisco, a primeira organização operária católica do estado da Bahia (1936). Três anos depois, Irmã Dulce inaugurou o Colégio Santo Antônio, uma escola pública voltada para operários e filhos de operários.

Nesta época, Irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes que recolhia nas ruas de Salvador. Expulsa do lugar, ela peregrinou cerca de dez anos, levando os seus doentes por vários locais da cidade. Por fim, recebeu autorização de sua superiora, para transformar um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio em “enfermaria” para acolher setenta doentes (1949). Essa iniciativa deu origem à tradição propagada pelo povo baiano: a freira construiu o maior hospital da Bahia a partir de um simples galinheiro. Passados dez anos, nascia oficialmente a Associação Obras Sociais Irmã Dulce e no ano seguinte era inaugurado o Albergue Santo Antônio.

O Papa João Paulo II, fez questão de encontrar-se com Irmã Dulce durante suas duas viagens apostólicas ao Brasil, 1980 e 1991, animando-a a prosseguir sua obra entre os pobres e, posteriormente, confortando-a em sua saúde debilitada.  Cinco meses depois da segunda visita do Papa, no dia 13 de março de 1992, os baianos choraram a morte do seu “Anjo Bom”.

Nada – nem as oposições sofridas pela sociedade e nem a saúde frágil, pois tinha 70% da capacidade respiratória comprometida – impediu que Irmã Dulce construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições do país, uma verdadeira obra de amor aos pobres e doentes.

Seria muito bonito se o exemplo desta mulher despertasse em nossos corações o cuidado pelos doentes e pobres de nossa Cidade.

Inspiração: https://www.irmadulce.org.br/portugues/religioso/vida-de-irma-dulce

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