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Segurança

Corpo de Bombeiros alerta sobre riscos do uso do cerol em pipas

O cerol tradicional é uma mistura de pó de vidro, normalmente advindo de lâmpadas com cola

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1.º Tenente do Corpo de Bombeiros, Thyago Giamberardino, destaca que uso da mistura de cola com vidro em fios de pipa é proibido por Lei
 

A utilização de cerol em fios de pipas, uma mistura de cola com vidro moído, utilizada de forma ilícita com o objetivo de “cortar” o fio de outras pipas, é algo proibido pela Lei Estadual N.º 16.246/2009 e que coloca em risco motociclistas, ciclistas e pedestres, visto que o fio torna-se uma verdadeira navalha, podendo cortar o pescoço e outras partes de corpo de crianças e adultos, gerando, inclusive, risco de vida. 

Segundo o 1.º Tenente de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros de Paranaguá, Thyago Giamberardino, ocorrências devido ao uso de cerol não são comuns no município, no entanto, o alerta deve ser contínuo à sociedade e a utilização deste artifício cortante deve ser denunciada pelo telefone 190.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros do Paraná, além de risco de vida a pedestres, motociclistas e motoristas de carros conversíveis, o cerol traz riscos para a vida selvagem (em especial pássaros). O cerol tradicional é uma mistura de pó de vidro, normalmente advindo de lâmpadas, com cola. As pipas, em sua maioria, são empinadas por crianças e adolescentes, o que também acende o alerta para que pais e responsáveis fiquem atentos quanto às linhas dos “papagaios” e integridade física dos jovens, visto que a linha com cerol pode, por exemplo, cortar as mãos de quem a utiliza ilicitamente.

“O cerol, que é a cola e o vidro, é algo proibido por lei e, inclusive, há proibição de sua comercialização desde 2009. Isto é extremamente prejudicial à segurança das pessoas que transitam pelas vias”, destaca o 1.º Tenente, Thyago Giamberardino. “Há locais no corpo humano bastante suscetíveis aos cortes por cerol. Não é muito comum em Paranaguá, mas já aconteceu de alguns motociclistas terem ferimentos na região do pescoço, por conta de fios com cerol em vias”, completa. Ainda segundo Giamberardino, o Corpo de Bombeiros do Paraná disponibiliza continuamente em seu site e nas redes sociais orientações quanto aos riscos do uso do cerol.

8.º Grupamento do Corpo de Bombeiros destaca risco contínuo de vida aos cidadãos com uso de fios com cerol em parques e vias públicas (Foto: Corpo de Bombeiros do Paraná)

 

Outra questão destacada pelo 1.º Tenente é a importância de os pais ficarem atentos à fabricação artesanal de cerol por crianças e jovens. “Se usam é por conta de fabricação caseira. É uma situação muito complicada controlar os filhos, mas os pais devem ficar atentos no processo educacional dos seus filhos. É muito importante o diálogo nesse sentido, estar próximo aos filhos”, complementa. 

 

AEROPARQUE

De acordo com Giamberardino, a utilização de pipas no Aeroparque, independente de utilizar cerol ou não, deve evitar continuamente a pista de pouso e aterrisagem do local, frisando também a proibição de drones e desativação destes equipamentos na aproximação de aeronaves. “Por ser um parque, fica mais claro nesse sentido o uso do cerol como risco à vida das inúmeras pessoas que frequentam o local”, explica. Ainda segundo ele, o uso ou comercialização ilícita do cerol é algo que pode ser denunciado pelo telefone 190 da Polícia Militar do Paraná (PMPR). “Além disso, caso seja uma criança que esteja utilizando o cerol, pode se procurar os pais ou responsáveis que devem ser alertados e resolver a situação”, explica.

“Vale lembrar que a prática e a brincadeira de utilizar pipas é algo saudável, mas existem outras situações que devem ser observadas por crianças e qualquer um que venha a praticar. Uma delas é com relação a ir buscar esses objetos, evitando de subir em locais altos como telhado, onde telhas podem se romper, tomar cuidado com vias públicas”, explica. “Além disso, é muito importante não mexer em pipas na fiação elétrica de maneira nenhuma, pois o fio pode conduzir eletricidade e causar choque e risco de morte. Deve se evitar sempre recuperar as pipas em locais de risco”, finaliza o 1.º Tenente Giamberardino. 
 

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