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Polícia

PCPR faz reconstituição do homicídio de empresário

Reprodução simulada dos fatos ocorreu na tarde de quarta-feira, 2.

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A Polícia Civil realizou na tarde de quarta-feira, 2, a reconstituição da morte do empresário Geovane Charles Alcala, de 47 anos, morto a tiros dentro de casa, na Rua Florinda Carlos Cardoso, na Vila Divineia. O crime aconteceu no dia 20 de setembro. 

O delegado adjunto e operacional da 1.ª Subdivisão Policial – Delegacia da Polícia Civil de Paranaguá, Nilson Diniz, que comanda as investigações, falou sobre o assunto.

“Esta diligência foi realizada por iniciativa da própria Polícia Civil, justamente para entender qual foi a dinâmica delitiva. Ela não foi requisitada ainda pelo Ministério Público. Era imprescindível que fosse reproduzido este homicídio no local onde ocorreu, pois o que tínhamos então eram os depoimentos das testemunhas sem o conhecimento do local do delito. Hoje, confrontando as versões do Rafael (acusado), quanto da testemunha Nataly, que presenciou o cometimento deste homicídio, conseguimos juntar estas informações, reproduzir de uma forma mais próxima da realidade possível como foi a prática do crime”, relatou Diniz, enfatizando que a reprodução foi realizada com base na versão do executor dos disparos.

Ainda segundo o delegado, o próximo passo é a conclusão do inquérito policial. “Vamos concluir o inquérito com a oitiva de duas testemunhas que foram ouvidas esta semana, juntamente com o auto da reprodução simulada (reconstituição) e um relatório complementar ao Ministério Público que é o titular da ação penal. E se o MP entender que é necessário qualquer diligência complementar, isso vai ser requisitado à Polícia Civil e nós o realizaremos”, destacou.    

  Diniz informou também que a defesa dos dois investigados foram cientificadas da reprodução simulada, deixando claro que esta é uma diligência realizada ainda no inquérito policial, que servirá de base para o relatório final das investigações.  

As imagens do circuito interno da residência ainda se encontram protegidas por senha e haverá a necessidade de quebra do sistema para o acesso a esse material, explicou o delegado. Parte da reconstituição foi baseada em imagens de um circuito de monitoramento de um imóvel vizinho, que registrou a chegada de Luiz Felipe, filho da vítima e Rafael, o assassino confesso. 

PRESOS

Luiz Felipe Alcala, de 24 anos, e Rafael Anderson Kubiak da Veiga, de 21, estão presos em unidades do DEPEN – Departamento Penitenciário do Estado, em Piraquara e Castro, onde aguardam o julgamento. Os dois não participaram da reconstituição.

ENTENDA O CASO

Segundo as primeiras informações apuradas pela polícia, na manhã de sexta-feira, 20 de setembro, o filho da vítima teria sido rendido na porta de casa na Vila Divineia pelo autor do homicídio. Posteriormente, o acusado entrou na casa e amordaçou Luiz Felipe. Quando o pai do rapaz acordou, por volta das 11h, ele surpreendeu o assassino dentro do quarto do filho e foi alvejado por cinco disparos de arma de fogo. Geovane morreu em um dos cômodos do imóvel.

Quando as primeiras equipes da Polícia Militar chegaram ao local, Luiz Felipe disse que o assassino teria fugido e chegou a indicar a direção da fuga. Viaturas fizeram patrulhamento pelo bairro, mas não localizaram o suspeito.
Durante a tarde, ao realizar buscas em um dos cômodos do imóvel, os policiais encontraram Rafael Anderson escondido no forro do quarto do casal.

Com o apoio de uma equipe da ROTAM – Ronda Ostensiva Tático Móvel, do 9.º Batalhão de Polícia Militar, o rapaz foi retirado do local e preso. A arma usada pelo assassino, uma pistola calibre 380, foi encontrada dentro de guarda-roupa, em um dos quartos da casa, e pertencia à própria vítima. 

De acordo com o delegado, na 1.ª SDP, com oitivas das testemunhas, apuração dos fatos e início do inquérito, se entendeu que havia indícios suficientes de autoria do crime por parte do filho da vítima. “No momento de sua oitiva, com todos esses elementos, eu dei voz de prisão em flagrante para a prática do homicídio do próprio pai”, destaca Diniz.

De acordo com o delegado, na manhã do crime, o filho da vítima e o executor do homicídio estiveram juntos, sendo que teriam se encontrando em um trevo na Avenida Ayrton Senna. “Como é que ele havia o deixado em um local e logo em seguida ele estaria cometendo um homicídio na casa do Luiz Felipe se se encontrava com ele? São questões que trazem perplexidade e sugerem a autoria do delito”, afirmou Diniz. Por fim, o delegado da PCPR ressaltou que no momento do interrogatório o filho da vítima se manifestou pelo direito de ficar calado. “Ou seja, no momento em que ele exerce o direito ao silêncio dele era o momento que ele poderia exercer o direito de sua defesa e ele decidiu abrir mão disso”, finaliza Diniz.

Em seu depoimento na delegacia da Polícia Civil, Rafael disse que receberia pela morte de um homem a quantia de R$ 10 mil. Ele garantiu que Luiz Felipe não disse que a pessoa que seria assassinada era seu pai. Os celulares de Rafael e de Luiz Felipe foram apreendidos. Nos aparelhos havia mensagens que comprovam toda a trama descoberta pela polícia, levando à prisão da dupla.

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