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Natal

Psicóloga ajuda a entender a necessidade de consumo no fim de ano

Momentos felizes valem mais que presentes

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Quando o assunto é economia, o Natal é a época em que as pessoas mais encontram dificuldades para driblar o consumismo e chegar em janeiro sem as temíveis prestações que parecem não ter fim. A psicóloga Nilsea Roberta Siqueira da Costa fez uma análise para que seja possível entender o porquê de o consumo ter um peso tão grande nesta época do ano.

Para a profissional, o consumismo no fim de ano está ligado à maneira que as pessoas encontram de se presentear após todo um ano de trabalho.

“Está vinculado muito com a questão financeira, porque de modo geral as pessoas têm uma renda a mais em função do pagamento do décimo terceiro salário e isto remete simbolicamente a uma ideia de que merecemos uma premiação em função do ano difícil que tivemos, dos empenhos que foram feitos para conseguir dar conta de todos os compromissos. Chega dezembro com esta questão de se permitir a um agrado ou agradar outras pessoas por meio de presentes”, relatou Roberta.

Desta forma, o indivíduo se permite realizar um desejo de consumo que durante o ano não foi possível. Há ainda a pressão da sociedade em ter que agradar ao outro com presentes nesta época. “Temos esse aprendizado de que agradamos quando proporcionamos algo concreto, material, para o outro, mesmo que seja algo inconsciente. Mas, aprendemos que uma demonstração de afeto se dá por meio do material”, analisou a psicóloga.

ATO DE PRESENTEAR

O hábito de se presentear ou presentear alguém no Natal não pode ser considerado algo negativo ou positivo. Mas, quem quer economizar precisa rever esses conceitos e privilegiar aqueles mais próximos.

“Acredito que hoje a gente reduza a nossa lista para um número bem menor, por isso é preciso fazer uma planejamento antes. Quem eu não posso deixar de presentear? E se programar para não contar exclusivamente com a renda do décimo terceiro salário e ir separando uma quantia durante o ano para que tenha condição de fazer essas compras sem se endividar no ano seguinte. Para que se gaste realmente o que se tem”, orientou Roberta.

CONSUMO E CRIANÇAS

Se o consumismo for exacerbado, as crianças podem ter comportamentos baseados nos exemplos dos pais e se manifestarem na vida adulta de duas maneiras.

“Isso pode refletir de forma que as crianças consumam de maneira desenfreada e perpetue esse comportamento familiar ou pode passar a ser uma pessoa extremamente segura e não se arriscar com medo dos períodos de escassez”, frisou a psicóloga.

Por isso, vale sempre a questão do equilíbrio para que a criança tenha uma relação saudável com as finanças. E esta construção de valores é papel dos pais. “Ela tem que entender que nem tudo que ela deseja pode ter, isso também é importante. Sempre oriento os pais para não fazerem co que as crianças entendam que comportamentos assertivos devem ser valorizados com bens materiais. A forma de mostrar que ela merece uma recompensa está atrelada a momentos que ela se sentirá feliz ao lado da família”, destacou Roberta.

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