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“No cenário político nota-se cada vez mais a crescente de seguidores do discurso extremista…”

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No cenário político nota-se cada vez mais a crescente de seguidores do discurso extremista, e dos adeptos ao discurso de ódio, talvez como forma de garantir espaço na mídia, talvez como forma de “vender” serviços de difamação e desgaste público. Chega a ser abominável que nos tempos atuais se admita que as pessoas destilem seu veneno contra as minorias, ou melhor dizendo, contra a população vulnerável. Alguns sequer podemos chamar de minorias – mulheres e negros, por exemplo, fazem parte da maioria no Brasil. De acordo com as pesquisas do IBGE, mais de 51% da população brasileira é formada por mulheres, e mais de 53% dela, é de pardos e negros.

Não deveria ser admitido que num país multicultural como o Brasil, ainda exista em tão larga escala o preconceito, assim como não se deveria admitir que ainda exista tratamento misógino. Parece mentira que existam “formadores de opinião” que, escondidos por de trás da capa de “profissional”, prestem um desserviço à população, criando matérias “patrocinadas” com o único objetivo de denegrir adversários políticos de seus “patrocinadores”, ao ponto de incentivarem o uso de jargões como “bandido bom é bandido morto”, ou de rótulos do tipo “seu preto”, “seu veado”, “sua gorda” e tantas outras expressões de difusão do ódio e de menosprezo ao próximo. Se é difícil aceitar o preconceito na seara social, como aceitar que isso se propague no ambiente político? Como poderemos cogitar ter um governante que defenda políticas de exclusão? O Brasil não pode ser dividido por extremos, na base do “olho por olho, dente por dente”.

Sabemos que neste ano o futuro do Brasil será decidido pelo voto democrático nas urnas, mas tememos que a população, cansada dos últimos anos de desgaste, cansada do crescimento da violência e da corrupção que impõe inúmeros outros problemas à sociedade todos os dias, encontre no radicalismo uma falsa sensação de mudança. Teme-se que essa opção radical seja apenas o reflexo de uma mentalidade guiada pelo sofrimento vencido, em vez de ser guiada pela esperança vincenda. Suscitando então a derrocada do mercado, das políticas sociais, do fim do respeito aos direitos fundamentais, e ainda pior, do fim do respeito ao ser humano, caminhando literalmente, para um caminho sem volta.

Paulinho Oliveira é cientista político, administrador de empresas, bacharelando em Direito, empresário, secretário municipal de saúde e prevenção da prefeitura de Paranaguá, e presidente estadual da juventude do PODEMOS no Paraná.

 

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