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Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

A força dos trabalhadores

Há um século, a cidade de Paranaguá era bem diferente.

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A comemoração internacional do dia 1.º de maio faz referência à manifestação de trabalhadores ocorrida em Chicago, no ano de 1886. A manifestação lutava por melhores condições de trabalho e resultou em uma violenta repressão policial ocasionando em mortes e prisões dos trabalhadores.

A criação do dia do trabalhador remete a memória da manifestação de Chicago, mas também ao conhecimento de que vários direitos trabalhistas foram conquistados através da luta.

Em nível local, a história do Porto de Paranaguá e a história dos trabalhadores portuários demonstra que a união dos trabalhadores e trabalhadoras é algo importante. Há um século, a cidade de Paranaguá era bem diferente.

O Porto Dom Pedro II operava com poucos trapiches. Pelos entornos do bairro Rocio e Porto D’água a constante chegada de navios nos trapiches trouxe a aquele espaço uma grande circulação de trabalhadores.

O incessante trabalho envolvendo a carga e descarga de navios impôs outras dinâmicas às relações de trabalho. O trabalho noturno, acidentes de trabalhos e o aumento do numero de horas de serviço fizeram com que trabalhadores organizassem greves. 

Notícias publicadas no Jornal Diário do Commercio ilustram tais acontecimentos. Em 2 de julho de 1912, cerca de 150 estivadores se manifestaram pelo aumento do salário e paralisaram o serviço de descarga dos vapores estrangeiros que estavam ancorados. A manifestação tomou grandes proporções e vários trabalhadores aderiram à greve. Após a manifestação e paralisação, conseguiram o aumento do salário.

No passado, os trabalhadores unidos conquistaram muitos direitos, contudo, muitas reinvidicações da classe trabalhadora ainda estão presentes, tais como, a luta por melhores salários, saúde, segurança, valorização, uma aposentadoria digna e, sobretudo, respeito, pois é do esforço físico e mental, do suor e da batalha constante que se mantém funcionando o porto, a fábrica, a indústria, o comércio e todos os setores que prestam serviços à sociedade.

Priscila Onório Figueira

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