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Infraestrutura

3.º Seminário de Cabotagem e Intermodalidade debate novos avanços e logística em Paranaguá

Evento foi idealizado pelo IDEM e contou com o apoio da Folha do Litoral News, TCP, Portos do Paraná, FIEP e Governo Federal

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Na quarta-feira, 23, aconteceu em Paranaguá o 3.º Seminário de Cabotagem e Intermodalidade – Logística e Infraestrutura, com o tema "Oportunidades e desafios do modal sustentável", evento sediado no Camboa Hotel e que ocorreu durante a manhã e a tarde com a presença de diversas autoridades, representantes de segmentos portuários e logísticos, empresas, players, bem como setores produtivos do Paraná e do Brasil. O seminário conta com o apoio institucional da TCP – Terminal de Contêineres de Paranaguá, Portos do Paraná, Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), Governo Federal e Folha do Litoral News.

"Este seminário aconteceu em Paranaguá e depois pretendemos levar o evento para o interior do Paraná para que empresas e microempresas possam entender este modelo e participar levando os produtos paranaenses ao Nordeste e Norte do País", ressalta o organizador Marcelo Dias

"Foi o terceiro seminário de cabotagem em Paranaguá, algo importante para destacar a cabotagem hoje no cenário nacional, trazendo todos os players para esta discussão", explica Marcelo Dias, um dos organizadores do evento. Segundo ele, a cabotagem atualmente é um tema fundamental para se levar aos empresários do Paraná. "Este seminário aconteceu em Paranaguá e depois pretendemos levar o evento para o interior do Paraná para que empresas e microempresas possam entender este modelo e participar levando os produtos paranaenses ao nordeste e norte do País", explica.

"Foi um evento importante para a comunidade portuária, com participação em peso dos alunos de Paranaguá", ressalta o organizador Flávio Frota

O sócio consultor da Marketing de Cidades e um dos organizadores do evento, Flávio Frota, destacou a participação em peso das entidades. "A programação contou com importantes entidades da logística nacional como, por exemplo, a Antaq, o Ministério de Infraestrutura, os Portos do Paraná, a FIEP, ACP, OCEPAR/FECOOPAR, FAEP, FETRANSPAR, FECOMÉRCIO, Praticagem, CNA, Marinha do Brasil, Receita Federal, Polícia Federal e empresas importantes como TCP, Cattalini, Cargill, Cotriguaçu, RUMO/Brado, entre outras e players que operam a navegação de cabotagem: Mercosul Line, Log-in Logística e Aliança Logística, as quais oferecem serviços na área da Cabotagem na modalidade 'porta a porta', teremos também empresas que utilizam de forma relevante a Cabotagem como BRF e Klabin, e outras que participam da questão logística", explica. "Foi um evento importante para a comunidade portuária, com participação em peso dos alunos de Paranaguá", explica.

MINISTÉRIO DE TRANSPORTES E ANTAQ

Cleber Martinez, coordenador do Departamento de Navegação do Ministério da Infraestrutura do Governo Federal, destaca meta de crescimento de 12% ao ano na cabotagem brasileira

Cleber Martinez, coordenador do Departamento de Navegação do Ministério da Infraestrutura do Governo Federal, apresentou no evento perspectivas logísticas e portuárias no Brasil e o programa "BR do Mar". "No nosso entendimento, a cabotagem traz melhores condições concorrenciais para as empresas de navegação, melhorando a competitividade", explica. "Atualmente a nossa meta é focada, principalmente, no aumento do transporte de carga de contêineres, que é a carga que circula bastante por entre as rodovias. Buscamos trazer condições para o crescimento em 12% ao ano e que ele possa dobrar até 2022. Hoje temos 1,3 milhão de contêineres transportados no Brasil e planejamos alcançar 2,6 milhões" finaliza.

Mario Povia, diretor-geral da ANTAQ, afirma que o crescimento da cabotagem é uma meta assumida pelo Governo Federal

"O esforço para o crescimento da cabotagem é uma agenda que o Ministério de Infraestrutura assumiu. O ministro Tarcísio Gomes de Freitas deixou muito claro que a cabotagem está entre uma das prioridades do Governo Federal, que vem trabalhando fortemente na implantação desta política pública" afirma Mario Povia, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Segundo ele, o Governo Federal está focando na intermodalidade, visto que atualmente a concentração de transporte de cargas no modal rodoviário é muito alta.

CONCEPÇÃO HISTÓRICA DA CABOTAGEM

Gustavo Costa, mestre e doutorando em Engenharia Naval, com experiência de 30 anos na área, destaca vantagens logísticas e de segurança com a cabotagem

Gustavo Costa, mestre e doutorando em Engenharia Naval, pesquisador do Centro de Inovação Logística e Infraestrutura Portuária da Universidade de São Paulo (USP), possui experiência de 30 anos no setor e é um dos estudiosos de destaque na cabotagem e intermodalidade. Segundo ele, a cabotagem é algo histórico no Brasil. "Ela acabou quando os portos entraram em colapso com a inflação alta no governo Sarney, então a cabotagem morreu, mas ressurgiu basicamente há 20 anos, sendo que levou cerca de cinco anos para resgatar a confiança dos clientes neste modal. Passada esta fase, houve uma certa consolidação com novos armadores. Hoje o mercado está consolidado e os armadores precisam fazer com que os clientes que ainda não estão neste modal adotem a cabotagem. Este evento é uma tentativa de mudança de modelo mental, de fazer parar de ver só o modal rodoviário, que é super flexível, e atende na hora que você quiser, já a cabotagem demanda uma certa programação e planejamento", explica.

Costa ressalta que o evento vem em um momento importante, fazendo com que os armadores somem mais esforços em prol da cabotagem no Brasil.

"Os benefícios que você possui com a cabotagem é maior segurança da sua carga, você tem um transporte em que o contêiner vai até a porta do cliente, colocando a carga no contêiner, lacrando, indo até o seu recebedor final, rompendo o lacre e entregando a carga. Há só o manuseio com o contêiner, enquanto o modal rodoviário, dependendo do volume de carga, é necessário que a transportadora manuseie mais vezes a carga até o seu destino final em mais viagens, por exemplo, fazendo transporte de uma mesma carga em São Paulo, Bahia, Pernambuco, o que pode gerar avaria e até mesmo falta de carga", explica, ressaltando que o roubo de carga no modal rodoviário é maior do que no caso da cabotagem. "O custo logístico para o cliente com a cabotagem também é menor", destaca.

PORTOS DO PARANÁ

Chefe do Departamento de Planejamento da Portos do Paraná, Carlos Eidan de Assis, destacou incentivos tarifários para a cabotagem no Paraná

O chefe do Departamento de Planejamento da empresa pública, Carlos Eidan de Assis, representou o diretor-presidente da empresa Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia da Silva, no evento. "Oferecemos desconto tarifário para o incentivo da cabotagem no Paraná. Esse incentivo trouxe para a Portos do Paraná neste ano 152 navios para fazer a cabotagem. Foram 38 embarcações de contêineres e o restante de granéis", explica. "Temos uma necessidade no Brasil de incentivo a este tipo de navegação marítima", destaca.

CRESCIMENTO

“Paranaguá nos últimos anos tem crescido mais que o mercado”, afirmou o diretor comercial da TCP, Alexandre Rubio

Dentro do mercado de contêineres, o setor registrou crescimento de 12% nos últimos dez anos. Paranaguá teve um papel importante para este aumento, segundo o diretor comercial da TCP, Alexandre Rubio. “Paranaguá nos últimos anos tem crescido mais do que o mercado, tem ganhado participação em relação à região de Santos. Isso muito em função da infraestrutura que a TCP tem implantado, passando de 1,5 milhão para 2,5 milhões de TEUs com capacidade de crescer nos próximos dez anos sem necessidade de novas expansões”, disse Rubio.

Gerente de operações da Cattalini, Carlos Katsuji Ichi, afirmou que o evento colabora não só para a cabotagem, mas para todo o mercado da parte marítima de exportação e importação

O gerente de operações da Cattalini, Carlos Katsuji Ichi, afirmou que a empresa está sempre disposta a participar dos eventos da área em Paranaguá.

“Como um dos grandes atuantes na área portuária, a gente entende que, não só para a cabotagem, mas para todo o mercado da parte marítima de exportação e importação, a segurança é muito importante. Em função disso, o que a gente gostaria de compartilhar são os avanços da Cattalini. Para nós, a segurança marítima é uma necessidade de todos. Para isso, precisamos também do apoio e suporte das autoridades e todos os participantes da área portuária”, declarou Ichi.

Diretor da Cotriguaçu, Rodrigo Buffara Farah Coelho, falou sobre os mais de 40 anos de operações eficientes com o Porto de Paranaguá

O diretor da Cotriguaçu, Rodrigo Buffara Farah Coelho, explanou sobre os mais de 40 anos de operações eficientes com o Porto de Paranaguá. “O grupo Cotriguaçu é um dos grandes produtores do Estado do Paraná e entendemos que a cabotagem diminui muito os custos e, consequentemente, os custos de produção e isso afeta o produtor, que é a quem a gente responde, que são os nossos associados”, afirmou Farah Coelho.

REFERÊNCIAS EM CABOTAGEM

“A log-in é um player brasileiro que opera na cabotagem desde Manaus até Buenos Aires”, contou o gerente nacional de vendas da Log-in Logística, Igor Teles

O gerente nacional de vendas da Log-in Logística, Igor Teles, falou sobre as soluções de transporte “porta a porta”. “Temos a oportunidade de fomentar a cabotagem no Brasil, no Paraná através da parceria com a TCP, que vem investindo muito em operações portuárias. A log-in é um player brasileiro que opera na cabotagem desde Manaus até Buenos Aires e passa com frequência pelo Porto de Paranaguá. A nossa intenção é falar sobre os benefícios para que possamos potencializar os negócios no Estado”, comentou Teles.

A sales manager da Mercosul-line, Juliana Latorraca, enfatizou a sustentabilidade que o modal oferece

A sales manager da Mercosul-line, Juliana Latorraca, explicou como a empresa atua e destacou que o evento é uma oportunidade para entender a demanda dos prestadores de serviço.

“A Mercosul-line possui três serviços, o principal deles é o Braco, que conecta Manaus aos Portos do Nordeste aos portos do Sul, por isso participamos do evento, pela atuação no Porto de Paranaguá. Para a gente é muito importante participar de um evento desses que reúna a indústria local, os prestadores de serviço de logística, para que a gente consiga entender qual a demanda dos nossos clientes e como prover um serviço de qualidade e sustentável, que é o foco da cabotagem. A gente consegue converter as cargas do rodoviário para o marítimo, que é um modal muito mais sustentável”, frisou Juliana.

INTEGRAÇÃO

Coordenador da Câmara de Infraestrutura da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e membro do G7, João Arthur Mohr, destacou os benefícios da cabotagem para a indústria automotiva

O coordenador da Câmara de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) e membro do G7, João Arthur Mohr, enfatizou que a cabotagem pode trazer diversos benefícios e o modal poderia ser mais explorado no País. “As indústrias automotivas estão em Paranaguá e por que vamos colocar um veículo em cima de um caminhão que precisa andar três mil quilômetros para levar ao Nordeste brasileiro se podemos colocar no navio. Como a grande economia está no Leste do Brasil, as cidades estão próximas ao mar, nada melhor que utilizarmos a BR do Mar, como está sendo chamada, e enriquecermos a nossa multimodalidade, com rodovias, ferrovias, portos, cabotagem e aeroportos. Todos os modais são importantes, mas a cabotagem é pouco utilizada e precisa crescer”, destacou Mohr.

Presidente da Fetranspar, coronel Sérgio Malucelli, frisou a importância da intermodalidade no transporte

O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), coronel Sérgio Malucelli, avaliou a integração intermodal do transporte no Estado. “É um seminário voltado à cabotagem, mas não deixa de ser um seminário da intermodalidade do transporte. Nós temos o rodoviário, o marítimo e o ferroviário. Um evento como esse em que são discutidos e apresentados todos os modais, para desovar todas as cargas, avaliam-se os acertos e os erros, também com o Poder Público. Por isso, parabenizo a todos os organizadores”, disse Malucelli.

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