Lula condenado

Um dia histórico.  A confirmação da condenação de Lula em segunda instância começa a pôr fim ao reinado do PT e de Lula. O desembargador Leandro Paulsen, revisor da Operação Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), disse ontem que a Corte não se curva a pressões, intimidações ou ameaça de retaliações. “Aqui ninguém pode ser condenado por ter costas largas nem ser absolvido por ter costas quentes.”
O primeiro desembargador a dar seu voto, João Pedro Gebran Neto, relator, aumentou a pena a Lula para 12 anos e um mês de prisão em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro . Em primeira instância ele foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e seis meses de reclusão, mas com direito a apelar em liberdade.
O revisor fez uma advertência aos radicais do PT que uivavam contra a sentença. “As práticas de compadrio, de barganha, de arregimentação de apoios e de ameaça de retaliações são estranhas ao ambiente judicial e se houver serão criminosas.”

Ainda vai preso

O Desembargador Leonardo Paulsen  deixou claro que, após fim de recursos, Lula deve ser preso. O TRF precisa julgar ainda eventuais pedidos apresentados pela defesa do ex-presidente Lula.

Foguetório

Em Curitiba, grande foguetório logo que confirmada a condenação de Lula. Nos arraiais do PT, um misto de desânimo e ódio. 

Gleisi surtou

A presidente nacional do PT reagiu ao voto do relator da mesma maneira que tem se comportado nos últimos meses: é hora de ‘radicalizar’, diz ela. Gleisi Hoffmann discursava quando Gebran Neto concluía voto.

Sossega, aloprada

O desembargador Leonardo Paulsen dedicou parte de seu voto às manifestações que se multiplicam pelo País. “É certo que cada cidadão tem sua opinião sobre o caso, porquanto vivemos em um ambiente de liberdade democrática em que são assegurados a todos os direitos fundamentais de se informar, de pensar e de se expressar. As manifestações da sociedade são próprias do pluralismo político e da participação popular.”