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Fábio Campana

Gleisi insulta a Justiça

Gleisi Hoffmann está indo longe demais em sua obstinação

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Gleisi Hoffmann está indo longe demais em sua obstinação. Minutos depois do fim do julgamento, o Partido dos Trabalhadores divulgou nota para desrespeitar a justiça brasileira e insistir no discurso de que a condenação, agora em um órgão colegiado, é mais um ato de um “plano golpista”.
O documento, assinado pela senadora e presidente do partido, Gleisi Hoffmann, que também é acusada de corrupção em processo no Supremo Tribunal Federal, afirma que os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região apresentaram votos “claramente combinados” para promover uma “farsa judicial” e ainda de fazerem parte de um movimento “orquestrado pela Rede Globo, com o objetivo de tirar Lula do processo eleitoral”.

Na prática, dançou

Na prática, com a Lei da Ficha Limpa, a condenação de Lula pelo TRF-4 impossibilita o registro da candidatura por se tratar de um órgão colegiado. Os embargos de declaração, único recurso no caso, sequer pode mudar o mérito da decisão e servem apenas para esclarecer pontos do acórdão da decisão, que deve ser publicado nos próximos dias.

Indignação

Juízes federais estão indignados com a decisão de Cármen Lúcia de colocar logo na pauta do STF se condenados em segunda instância podem começar a cumprir pena. Eles não têm dúvida de que é para tentar evitar a prisão de Lula, determinada pelos desembargadores do TRF-4, e também blindar caciques de outros partidos implicados na Lava Jato.

Poderosos

Segundo esse juízes, independentemente do resultado do STF, trata-se de uma iniciativa que mostra, mais uma vez, que os tribunais superiores estão a serviço dos poderosos, e não dos interesses do País. Cármen Lúcia deveria resistir às pressões de colegas seus, para não sair desmoralizada da presidência do STF — e mostrar que o seu discurso em prol da moralidade no trato da coisa pública não é blá-blá-blá.

É uma afronta 

“Acho que não importa a quem interessa a presença dele [Lula] ou a ausência dele no processo eleitoral. O que importa é o cumprimento da lei. Vamos esquecer se ele tem voto, se ele não tem voto, quem ganha ou quem perde com a ausência dele. Quem tem que ganhar é o estado de Direito. É uma afronta ao Estado de Direito um condenado à prisão disputar a eleição. Que País é esse? Um condenado à prisão com provas cabais, com recurso negado, disputar a eleição? Seria a negação do Estado de Direito”. Senador Álvaro Dias, em entrevista.

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