Fotógrafos revelam suas inspirações para registrar a cidade

Cada parnanguara vê a cidade de uma forma e tem os seus locais preferidos que mostram a beleza do lugar que escolheram viver. Alguns desses moradores registram o seu olhar e compartilham essas imagens. É o caso de fotógrafos, amadores e profissionais, que emprestam a sua perspectiva sobre Paranaguá e revelam as melhores paisagens sob o seu ponto de vista.

O fotógrafo André Alexandre, apesar de não ter nascido em Paranaguá, se considera bagrinho de coração. Começou na fotografia na década de 1990, ainda na forma analógica e, desde então, vem desbravando a cidade por meio de suas lentes.

“Nasci em Porto Alegre, mas vim para cá com cinco anos. Gaúcho de nascimento, bagrinho de coração. Comecei na década de 90. Na época era hobby, usava a fotografia para aliviar o estresse diário”, contou. “Gosto de fotografar o cotidiano, suas ruas, seu povo. Acho que é aí que está a essência da cidade. Saio sem horário, sem pressão, fotografo o que parecer diferente aos meus olhos”, completou André.

A foto favorita para ele é a “Tribuzana”, clicada no trapiche do Rocio, premiada nacionalmente. “Ela foi feita em fevereiro de 2015, no começo de uma tempestade de verão. A chuva já estava forte e fiquei pensando: tiro ou não tiro o equipamento da bolsa para clicar. Resolvi tirar mesmo com temporal. Não me arrependi, uma das fotos que mais tenho carinho. O mais engraçado foi depois, correndo para se abrigar do temporal”, lembra André.

Para ele, a fotografia pode contribuir para a valorização das belezas naturais da cidade. “Não tenho dúvida que sim. Ouço muito falarem que não viam nada de diferente em determinado local, e depois de uma bela foto, passam a ver de outra maneira, ter uma visão mais atenta e carinhosa. Aos poucos vai mudando o consciente coletivo”, afirmou.

André Alexandre é idealizador do Cardume Fotográfico, um grupo criado para valorizar as belas paisagens da cidade e seus fotógrafos. “Iniciamos em 2015 com 12 fotógrafos e hoje somos 17.500 integrantes em 64 países, entre fotógrafos profissionais, amadores e amantes das belas imagens. De Paranaguá para o mundo”, ressaltou.

A mistura de história e natureza

O parnanguara Gabriel Augusto Ribeiro Neves contou que começou a fotografar logo que as câmeras digitais surgiram e hoje utiliza o celular para fazer os seus registros da cidade. “Amo fotografar o centro histórico e o Rio Itiberê, muito linda essa parte da nossa cidade que mistura história e natureza. A cidade por si só é uma inspiração”, acredita Gabriel.

Ele também faz parte do Cardume Fotográfico. “Participar desse grupo é uma honra, principalmente em saber que possui membros do grupo que são fotógrafos profissionais. Eu me sinto honrado cada vez que minhas fotos são escolhidas e amo dividir meus olhares e registros com outras pessoas, pois a sensação é incrível. Tem uma foto do centro histórico que eu gosto muito, porque ela foi a minha primeira foto a ser capa do dia do cardume”, afirmou Gabriel.

Segundo ele, a divulgação das imagens das paisagens da cidade faz com que as pessoas tenham a consciência das belezas de Paranaguá. “Gosto de fotografar paisagens, o nosso centro histórico é um local onde rende belas fotos. Paranaguá é muito linda! Tenho orgulho da beleza da nossa cidade. Eu gostaria que todos os cidadãos tivessem esse mesmo olhar. Não tenho um planejamento, geralmente eu estou passando pelo local, admiro a paisagem e surge a inspiração de registrar vários ângulos e visões diferentes e começo a fotografar. Eu gosto de mostrar para as pessoas o meu olhar, o quanto a vista é linda”, relatou Gabriel.

Registros para emocionar

Outro apaixonado pelo ofício e por fotografar a cidade em que nasceu é Claudio Fernandes das Neves. Com 30 anos de profissão, sempre atuando no ramo da imagem, com foto e vídeo, hoje ele trabalha na Assessoria de Comunicação da Portos do Paraná.

“A fotografia nasceu junto comigo! E da mesma forma sempre fotografando nossa cidade com seu povo, seus encantos e suas belezas. Fotografo com mais frequência a rua da praia com seus casarões e o Rio Itiberê, porém meu trabalho atual me permite ir muito mais além, fotografo todas as comunidades e ilhas ao entorno da cidade mãe do Paraná”, contou Claudio.

Pelas suas imagens, divulgadas nas redes sociais, Claudio ajuda os parnanguaras que estão longe a suprir a saudade. “O que mais me motiva fotografar nossa cidade são as pessoas que estão por algum motivo longe daqui, usando minhas redes socias pra matar as saudades da cidade, isso me motiva e emociona, pois saber que pessoas do mundo todo prestigiam nossas belezas através de minhas fotos, para mim é algo incrível”, descreveu Claudio.