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Ano Novo 2024

Saúde mental e coexistência pacífica são essenciais nas reuniões de fim de ano

Psicóloga Silvia Fernandes da Silva traz orientações importantes

Foto: Freepik

Toda confraternização de pessoas traz expectativa, positividade e alegria, reunindo familiares que estão distantes, amigos que moram longe ou pessoas que não conseguimos falar de forma contínua, algo que se acentua neste período de fim de ano. A psicóloga clínica Silvia Fernandes da Silva salienta a importância de manter a saúde mental neste período de fechamento de ciclo, evitando atritos, com foco na paz coletiva e individual, sendo importante fugir do perfeccionismo e dos padrões ideais, sendo gentil com os outros e consigo mesmo. 

Segundo a psicóloga, o fim de ano traz as importantes festas e encontros, mas também a tensão financeira, correria e pressão social, sendo um período de fechamento ciclo acompanhado de compromissos profissionais e pessoais. “Estes momentos são de muita festa, mas também trazem uma carga intensa: questões financeiras, pressão social, muitas tarefas a fazer e a sensação de que a ‘felicidade prometida’ se confunde com ansiedade ou cansaço. Além das expectativas para o novo ano que se aproxima”, completa.

“Fuja do perfeccionismo, de padrões ideais a serem seguidos em diversas redes sociais. Por mais que tudo seja planejado e antecipado, não há como prever o que irá acontecer 100%. Então seja gentil consigo mesmo em vez de julgar rapidamente suas deficiências e reconheça que você está fazendo o melhor que pode e isto já é o necessário”, salienta Silvia. 

Celulares e uso correto da tecnologia

As festas são presenciais, entretanto, as telas do celular e tablets podem se tornar atraentes para muitas pessoas, que acabam perdendo essas recordações tão importantes e oportunidade de confraternizar. “As telas e tecnologias estão no cotidiano da maioria, então que seja usada a nosso favor! Reunir-se para verem um filme, uma série e assim desfrutar de um momento de união. Criando também momentos de interação, como dinâmicas entre os familiares, levantando curiosidades uns dos outros em alguns quiz, amigo secreto em família”, orienta a psicóloga.

Balanço de 2023 

Fazer um balanço do “ano velho” desejando um “feliz Ano Novo” é algo natural, mas que deve ser feito de forma positiva por cada um. “Acolha-se. Final de ano traz diversos sentimentos, como a lembrança de um ente querido que não está mais presente, ciclos que se fecharam, isso é inevitável por serem datas que remetem a família, sendo isso bom ou ruim”, acrescenta.

“É necessário acolher estes sentimentos e sensações e então buscar escutar o que seu corpo e mente estão querendo dizer e então buscar uma válvula de escape, como dar uma volta sozinho, fazer exercícios de respiração, tirar um tempo para você, escrever, escutar alguma música especial”, ressalta a psicóloga. 

“As festas de fim de ano podem ser maravilhosas. Elas também podem ser emocionalmente desgastantes. Ao reconhecer nossas emoções, estabelecer limites com os membros da família, praticar atividades de autocuidado e buscar apoio de outros entes queridos”, salienta a psicóloga (Foto: Divulgação/Silvia Fernandes da Silva)

Ansiedade para o ano que se inicia

O ano que se inicia pode trazer uma positividade para fazer planos, mas também ansiedade para que eles se concretizem, algo que se acentua em muitos, principalmente em pessoas ansiosas. “Uma das tendências do indivíduo ansioso é querer fazer várias atividades simultaneamente. Com isso, se ‘atropela’ e não consegue finalizar nada, gerando mais agonia e intensificando a ansiedade. Este período do ano já é desgastante por si só, não traga mais tensão. Preocupe-se com aquilo que depende somente de você, única e exclusivamente de você. O restante não há como prever ou controlar.  Comece  a anotar suas metas em uma agenda, sinalizando não apenas o que você deseja conquistar, mas como fará isso. A partir desse pequeno processo, sua mente consegue projetar um plano mais específico, e se torna mais fácil desenhar uma maneira concreta de atingir aquele objetivo”, ressalta Silvia.

Outro ponto é separar planos de acordo com a prioridade de cada um deles. “Lembre-se: um ano tem 365 dias, e é praticamente impossível cumprir todas as metas sem que ocorram imprevistos ou grandes mudanças na sua vida que não estavam anotadas na sua agenda”, afirma a profissional. 

Desacelere, se for possível

“É hora de desacelerar sempre que possível.  Em tempos onde as vidas são compartilhadas nas redes sociais e cada passagem pela timeline é recheada de fotos deslumbrantes, é preciso respirar duas vezes antes de sentir triste com a própria vida. Mas a realidade é muito diferente do que é publicado nas redes. Portanto, evite comparar o seu momento com as festas de final de ano dos seus amigos. Procure conectar-se com aquilo que lhe faz feliz e não com a aparente felicidade do outro. Se você sente dificuldade em tomar essa atitude, talvez seja saudável deixar o celular de lado e buscar outras opções de divertimento”, ressalta Silvia.

A psicóloga afirma que é necessário reconhecer emoções e estabelecer limites, pois sempre que se cada um se vê em situações difíceis, é essencial reconhecer essas emoções para que se possa responder adequadamente a elas. “Se você se sentir chateado ou desconfortável durante uma reunião de família, reserve um momento para fazer uma pausa e reconhecer por que esses sentimentos estão surgindo”, completa.

“As festas de fim de ano podem ser maravilhosas. Elas também podem ser emocionalmente desgastantes. Ao reconhecer nossas emoções, estabelecer limites com os membros da família, praticar atividades de autocuidado e buscar apoio de outros entes queridos, podemos sair desta temporada de festas nos sentindo elevados e conseguindo aproveitar mais o momento”, finaliza Silvia Fernandes da Silva. 

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