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Entrevista

Volta às aulas: chefe do NRE fala sobre a preparação das escolas

Estudantes da Rede Estadual retornam às salas de aula na quarta-feira, 5

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As aulas na Rede Estadual de Educação nas escolas do litoral do Paraná começam o ano letivo na quarta-feira, 5 de fevereiro. A volta às aulas exige do Núcleo Regional de Educação (NRE), responsável pelos sete municípios da região, uma preparação das escolas e dos docentes para que os objetivos educacionais sejam atingidos.

Para o planejamento pedagógico, os professores retornam antes, na segunda-feira, 3, quando cada instituição realizará suas ações sob a coordenação da equipe diretiva. Quem explica a importância desse período para os professores e mais detalhes sobre a volta às aulas nas escolas estaduais é a chefe do NRE, Clarice Ubessi, que assumiu a função em julho do ano passado. Confira:

 

Folha do Litoral News: Quantas escolas e alunos começam o ano letivo de 2020 no litoral do Paraná?

Clarice: O Núcleo tem 60 escolas, além de três escolas de extensão, que são aqueles locais onde não foram criadas escolas, mas existe um espaço onde acontecem as aulas. Quanto às matrículas neste ano, em todo o litoral, foram efetuadas 17.402 para o Ensino Fundamental, 8.168 para o Ensino Médio, 800 para o ensino profissional integrado, 861 para formação de docentes e 835 subsequentes. A gente tem dificuldades de acesso a essas localidades, temos 10 escolas consideradas de ilhas e de campo, temos duas escolas, por exemplo, que não têm energia elétrica. Isso porque a localidade ainda não tem luz.

 

Folha do Litoral News: Como as escolas se preparam para a volta às aulas e qual a importância do planejamento estratégico?

Clarice: Os diretores fizeram um curso nos dias 23 e 24 de janeiro, fizemos um também com as pedagogas no Núcleo. Neste ano, achei interessante porque temos um direcionamento para as ações. Por isso, no primeiro dia que os professores retornam será feita uma análise do boletim da escola, com o número de frequência, de aprovações, com os resultados da Prova Paraná para que possa analisar onde ela está, como está classificada. No segundo dia, a reunião será nas escolas polos. Em Paranaguá serão a princípio quatro, os professores foram divididos por área de conhecimento para fazer o planejamento do primeiro trimestre.

 

Folha do Litoral News: Alguma escola no litoral vai funcionar exclusivamente em tempo integral a partir deste ano?

Clarice: No litoral não temos. No Paraná há somente 15 escolas exclusivas em tempo integral. A princípio ainda não teremos uma na região, a gente até tentou uma de Ensino Médio, mas as escolas não se adequaram às necessidades, uma delas a de ter 11 salas de aula.

 

Folha do Litoral News: Essa é uma tendência para os próximos anos e qual o benefício das escolas em tempo integral?

Clarice: Acredito que é uma forma da gente conseguir melhores resultados com os alunos. A escola em tempo integral é boa se bem trabalhada, bem gerida. É uma tendência, porque eles têm disciplinas teóricas, práticas, e as crianças não estarão nas ruas. Para fazer um curso de música ou de dança os pais precisam pagar separado e essas escolas em tempo integral podem abranger tudo isso.

 

Folha do Litoral News: O governo anunciou o pagamento de R$ 20 milhões para o Fundo Rotativo. Qual o valor destinado para as escolas do litoral do Paraná e como deve ser aplicado?

Clarice: Esse valor foi destinado de acordo com o número de alunos. Temos escolas que vão receber desde R$ 2.200,00 até R$ 17.500,00. O recurso é para obras de melhorias nas escolas. No fundo rotativo há consumo e serviço e esse valor veio somente para serviço. Para quase todas, esse valor vem em boa hora. As nossas escolas do litoral já estão sendo contempladas com várias obras. Hoje, estão em andamento cinco obras, uma recebemos na última semana, o Colégio Gratulino de Freitas, em Guaratuba. Consegui três verbas parlamentares de dois deputados, uma para reforma do telhado do Instituto de Educação, além da Escola Estadual Aníbal Khury e Escola Lea Germana Monteiro, em Guaratuba.

 

Folha do Litoral News: Neste ano, a avaliação nas escolas passará a ser trimestral. Como vai funcionar e o que deve mudar na prática?

Clarice: A avaliação trimestral divide opiniões. O que posso falar é da parte pedagógica. Ela vem para fortalecer o conhecimento do aluno com o professor, que vai saber qual a meta que está atingindo. Os descritores são bem claros, a primeira avaliação será no início, de diagnóstico. Isso vai possibilitar saber o que os alunos conhecem e de onde temos que partir. No segundo e terceiro período, as avaliações também serão diagnósticas, mas para saber o que já atingiram dentro dos descritores, que estão bem específicos sobre o que os alunos têm que atingir. O nosso Núcleo até o ano passado estava com uma defasagem muito grande de conhecimento. Se colocarmos uma meta do insuficiente ao adequado ao excelente, estávamos entre o insuficiente e o adequado. A maioria dos alunos não ficou em um nível ótimo de conhecimento. Dá para mudar essa situação. Se a gente trabalhar com os professores de forma direta conseguimos mudar.

 

Folha do Litoral News: Deixe sua mensagem de volta às aulas.

Clarice: Tenho certeza de que os nossos professores estão empenhados junto com o Núcleo para que os alunos venham com mais afinco, que a escola seja atrativa. Que todos, alunos, professores, direção, equipes de apoio sejam felizes neste ano de 2020, que possamos terminar este ano podendo dizer que o nosso núcleo melhorou.

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