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Entrevista

Padre Joaquim Parron fala sobre os novos desafios frente ao Santuário do Rocio

“Pretendemos organizar melhor o turismo religioso e fortalecer os trabalhos sociais”

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Após dez anos, o padre Joaquim Parron reassume a reitoria do Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio. Ele recebeu a notícia com alegria pelo fato de ter desenvolvido um trabalho que deixou saudades para muitos católicos na cidade. A escolha do padre Parron para a função ocorreu em virtude de sua formação e experiência na área pastoral. Nos anos em que Parron esteve à frente da administração do Rocio, modernizou e expandiu a festa da Padroeira do Paraná, um dos maiores eventos  religiosos do Brasil. 

Padre Parron é doutor em ciências sociais e teológicas pela The Catholic University of América, em Washington. Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Licenciado em Psicologia, graduado em filosofia e teologia. 

Nesta entrevista, ele fala sobre a expectativa ao retornar ao Santuário após uma década, os novos objetivos e faz uma avaliação de sua caminhada sacerdotal. Confira:

 

Folha do Litoral News:  Em 2007, o senhor deixou a missão de reitor no Santuário de Nossa Senhora do Rocio. O que marcou a sua vida nestes últimos dez anos?

Pe Parron: Minha vida nos últimos dez anos, primeiramente, foi de trabalhar na coordenação como superior dos missionários redentoristas em nível de Brasil. Então eu percorri muito o País inteiro e o que marcou mais foi conhecer o povo brasileiro e vi que  cada região tem sua peculiaridade, tem suas próprias realidades. Percebi o quanto a cultura varia de um lugar para o outro juntamente com a manifestação de fé. E isso fortaleceu a minha própria fé, como cristão católico. 

 

Folha do Litoral News: Como o senhor recebeu a notícia para retornar à missão como reitor no  Santuário do Rocio?

Pe Parron: Quando eu saí em 2007, muitas pessoas passaram a pedir o meu retorno. Diziam que eu havia feito um trabalho muito bom na organização e atração do turismo religioso. Quando ocorreu a ligação do superior provincial, o padre Edinei Rosa, anunciando a notícia, eu a recebi com muito carinho e alegria, porque o amor do povo de Paranaguá é muito grande. As pessoas de Paranaguá sempre pediram o meu retorno. A minha devoção a Nossa Senhora do Rocio é muito grande. É uma experiência de fé que iniciou quando cheguei a Paranaguá. Voltar a ser reitor do Santuário é uma alegria imensa.  

 

Folha do Litoral News: Em sua primeira passagem como reitor no Santuário do Rocio, até 2007, o número de devotos havia aumentado muito. A que o senhor atribuiu aquele avanço?

Pe Parron: Nós levamos para todo Paraná, através do rádio e dos meios de comunicação, a devoção de Nossa Senhora. As pessoas conheceram e passaram a visitar o Santuário. Paranaguá tem esse referencial do encontro de fé com Deus, e o fato das pessoas testemunharem as graças recebidas no Santuário aumentou o fluxo de fiéis em nossa igreja. Além de a imagem peregrina ter  percorrido  todo o Estado do Paraná.  

Folha do Litoral News: Quais são seus principais objetivos frente ao Santuário?

Pe Parron: Primeiramente tenho que dizer que não estou sozinho, estou com o irmão Jorge Tarachuque, que é missionário redentorista. Ele já esteve no Suriname e tem grande experiência. Pretendemos organizar melhor o turismo religioso, fortalecer os trabalhos sociais oferecendo cursos gratuitos à população carente e criar consciência de cidadania com a participação das pessoas nas decisões na sociedade. Pretendemos divulgar nacionalmente a festa da Padroeira do Paraná, destacando Paranaguá de forma positiva para o Brasil, como um recanto de fé.

Folha do Litoral News: Como avalia a sua caminhada sacerdotal?

Pe Parron: Como missionário redentorista há 35 anos avalio que minha caminhada tem sido um momento forte de graça em minha vida. Porque sempre tive obstáculos, mas Deus, Nossa Senhora e Jesus Cristo estavam juntos me ajudando a superar cada uma das adversidades. Eu creio que quando a pessoa tem fé em Deus e faz orações, ela tem muito mais tendências para superar os problemas. A fé dá sentido existencial à vida e isso está confirmado pelas ciências psicológicas, mostrando que as pessoas que têm fé possuem mais tendência a dar mais sentido à própria vida, tornando-se uma pessoa mais feliz. E assim eu posso avaliar a minha caminhada como missionário, através  de uma vida de alegrias e felicidades, sempre fazendo em prol dos mais pobres e doentes, pois um dos papéis da igreja é estar ao lado daqueles que sofrem.

Folha do Litoral News: Qual mensagem gostaria de deixar para os fiéis?

Pe Parron: A mensagem não só minha como também do nosso irmão Jorge Tarachuque, nosso missionário, é de esperança, fé  e também de luta pessoal, no sentido de que cada um tem que superar suas dificuldades sem perder a esperança. Quero também avisar aos fiéis sobre os horários das missas e novenas. Às sextas-feiras, às 15h, temos a missa e Novena de Nossa Senhora do Rocio, aos sábados, às 19h, com bênção da saúde, e aos domingos as missas acontecem em três horários, às 8h30, 11h30 e 19h. Nas segundas-feiras, temos as missas das almas benditas, às 19h, sempre com palavras de fé e esperança. Estamos aqui para atender o povo de Deus.

 

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