Racismo Não

“A principal arma contra o racismo é a educação”, afirma professora de Paranaguá

Heloisa Demetrio aborda combate ao preconceito racial em sala de aula

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A educação transforma o mundo em que vivemos. Esta é uma premissa conhecida por todas as pessoas há muito tempo e ela não poderia ser ainda mais aplicável quando o assunto é enfrentar o racismo. Ensinar as futuras gerações o respeito ao próximo, o combate ao preconceito e a cultura e história afro-brasileira são alicerces de atuação na rede municipal de ensino de Paranaguá. A professora Heloisa Claudia Silva Demetrio aborda tais temas com alunos do 3.º ano do Ensino Fundamental e do 4.º ano do Período Integral da Escola Municipal em Tempo Integral Dr. Anibal Ribeiro Filho e explica a importância da luta antirracista e da formação de cidadãos conscientes para o presente e o futuro.

“Nós, professores educadores, temos um papel muito importante no que se refere ao combate ao preconceito racial. Podemos ser mediadores ao percebermos formas de discriminação entre os alunos .Sempre intervindo para que essas práticas aconteçam em sala de aula”, explica a professora. Heloisa ressalta também a atuação pedagógica para ensinar cultura e história afro-brasileira, algo que colabora na questão do pertencimento e riqueza cultural, artística e histórica inclusive de Paranaguá. “Abordar esse tema em sala de aula é  descobrir nossas raízes, nos ajuda a entender o passado, e se sentir pertencente a ele. Pensando no presente, desmistificando ações e falas preconceituosas, isso nos possibilita construir um futuro melhor, mais humano e igualitário em nossa cidade de Paranaguá”, acrescenta. 

Segundo a educadora, as aulas são para alunos da faixa etária de 8 a 10 anos, que estão em plena formação. “Com eles abordo os assuntos  através de rodas de conversas , tudo isso com discussões sobre os temas, ilustrações e cartazes sobre o que entenderam, vídeos e músicas”, completa. 

Futuro, autocrítica e ações contra o racismo

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“Devemos lutar todos os dias  contra a discriminação racial e desigualdades, precisamos intensificar nossos esforços para construção de uma sociedade mais inclusiva e justa”, ressalta a professora Heloisa Claudia Silva Demetrio (Foto: Divulgação Pessoal)

Sobre a existência do racismo em pleno 2023 na sociedade brasileira e mundial, Heloisa afirma que há uma necessidade de toda a sociedade ter uma auto-crítica. “Eu acho que enquanto nós brasileiros não dermos um passo decisivo e reconhecermos que somos racistas, sim, seja como indivíduo ou sociedade. Devemos admitir que existe o racismo e temos obrigação de agir contra ele.Tomar consciência é o ponto fundamental”, explica a professora.

“Precisamos ter ações  antirracistas de fato, ir a manifestações, apoiar projetos importantes que visem a melhoria de vida das populações negras. Há muito tempo se fala e se escuta sobre igualdade social, étnico-racial e direitos iguais a todos, só que a realidade social está longe desse discurso”, destaca a professora.

Heloisa Demetrio afirma que a luta contra a discriminação racial e desigualdades deve ser algo feito diariamente. “Precisamos intensificar nossos esforços para construção de uma sociedade mais inclusiva e justa. Precisamos acreditar que para termos uma sociedade mais igualitária precisamos de mais representatividade, ou seja, mais  espaço de poder para os negros , na mídia, no mercado de trabalho, entre outros espaços. E a principal forma de luta contra o racismo é a educação”, finaliza.

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Leonardo Quintana Bernardi

Jornalista graduado pela PUC-PR com atuação desde 2012 no jornalismo impresso, online e em audiovisual, bem como em assessoria de comunicação. Já trabalhou em órgãos públicos, jornais locais, freelances em veículos de alcance nacional e desempenha suas funções na Folha do Litoral News desde 2017. Defensor do jornalismo como meio de transformação social.