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Infraestrutura

Maior navio em capacidade da história atracará no Porto de Paranaguá

Porta-contêineres “Rio de Janeiro Express” conta com 335 metros

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Foto: Divulgação/Pablo Alvarez

Deverá atracar no Porto de Paranaguá na noite da quinta-feira, 27, o maior navio em capacidade da história do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). O porta-contêineres “Rio de Janeiro Express”, do armador alemão Hapag Lloyd, conta com 335 metros de comprimento e 51 metros de largura, possuindo capacidade de transporte de até 13.312 TEUs (medida para 20 pés de contêiner). A embarcação é nova e realizou sua viagem inaugural há três meses, programando já no primeiro ano de operação atracação no Porto de Paranaguá. 

Segundo o TCP, o Rio de Janeiro Express é também o maior navio em número de tomadas recebido no terminal, possuindo, 2,2 mil plugs para contêineres refrigerados. “O último recorde registrado no terminal aconteceu em agosto de 2021 com o porta-contêineres YM Tip Top, do armador taiwanês Yang Ming, que possui 12.726 TEUs de capacidade. O Rio de Janeiro Express fez a viagem inaugural há três meses. A embarcação está na frota do serviço Ipanema/Ase/SX1 (um consórcio entre MSC, Hapag Lloyd e ONE), que opera 13 navios com capacidade média de 10.600 TEUs na rota entre Ásia e Brasil”, detalha a assessoria.

“O navio está programado para visitar Paranaguá, Navegantes, Rio Grande, Santos, Montevideo e Buenos Aires antes de retornar à Ásia. Na primeira parada no terminal, serão descarregadas principalmente as cargas de eletroeletrônico, automotivo e químico. O Rio de Janeiro Express também é o maior em capacidade de transporte de cargas refrigeradas que já atracou no terminal: ele conta com 2.220 tomadas. O navio fará a segunda escala na TCP no dia 08 de novembro com previsão de embarque de uma grande quantidade de carnes congeladas”, informa o TCP.

Segundo Carolina Brown, gerente de armadores da TCP, a vinda da embarcação representa o investimento do terminal em grande escala para atender demandas do mercado internacional. “Hoje contamos com a maior área para cargas refrigeradas do Brasil e somos o maior corredor de exportação de frango congelado no mundo. Até o final de 2023 contaremos com mais 5 mil tomadas para conectar contêineres refrigerados”, detalha.

Segundo a TCP, foi anunciado também em 2022  investimentos de R$ 370 milhões, “entre eles a compra de 11 RTGs (sigla para Rubber Tyred Gantry Crane, ou guindaste pórtico sobre pneu) e a ampliação do gate (portões de entrada e saída de veículos)”, afirma a assessoria.

Paranaguá Pilots

Segundo o diretor-presidente da Paranaguá Pilots, o prático Júlio Verner Nadolny, a embarcação, com suas dimensões, representará o maior navio que já atracou em Paranaguá. “A classe New Panamax representa atualmente os maiores navios que estão aptos a cruzar o Canal do Panamá, são navios de até 366 metros de comprimento, 51,25m de boca e 15,2m de calado. O navio Rio de Janeiro Express, que estará escalando em Paranaguá, é um gigante de 335m por 51,05m, e deverá demandar o nosso canal com um calado máximo de 12,30m. Sua capacidade máxima é de 13278 TEUs. Com essas dimensões, será o maior navio que já atracou em Paranaguá. Por ser um navio porta-contêineres, estará trabalhando com diversos tipos de cargas”, detalha.

“A Praticagem de Paranaguá está sempre buscando aprimorar a forma como presta os seus serviços, de forma a permitir que navios cada vez maiores demandem Paranaguá. Nos últimos anos investimos pesadamente na aquisição de modernos equipamentos para monitoramento de condições ambientais como vento, altura de maré, velocidade da corrente, altura de ondas, visibilidade entre outros fatores que atuam diretamente na segurança da condução destes enormes navios. Especialmente para a vinda desta nova classe de navios, adquirimos, numa parceria com a equipe de profissionais do tanque de provas da Universidade de São Paulo, um equipamento chamado PPU (Portable Pilot Unit). Este é um equipamento portátil que permite ao prático saber dados exatos de velocidade, abatimento, distâncias de alvos entre outras informações, de forma a permitir a máxima precisão nas manobras destas embarcações”, ressalta Nadolny

“Sua capacidade máxima é de 13278 TEUs. Com essas dimensões, será o maior navio que já atracou em Paranaguá”, afirma o diretor-presidente da Paranaguá Pilots, o prático Júlio Verner Nadolny (Foto: Divulgação)

De acordo com o diretor-presidente, a Praticagem de Paranaguá, através do seu time de profissionais que são altamente especializados, “garante a segurança máxima para todos os navios, instalações,  e todo pessoal envolvido nas atividades do nosso complexo portuário”, complementa. “Paranaguá é um porto que mira o futuro. Felizmente nos últimos anos, o governo do estado nos proporcionou excelentes administradores para ocupar a presidência do porto. O fruto dos investimentos nas campanhas de dragagem que foram realizados nos últimos anos e da derrocagem das pedras da palangana, aliados a todos os sensores que a praticagem tem instalados na nossa baía, começam a ser colhidos agora, tivemos um aumento recente de calado bem  como retirada de restrições à navegação dos grandes navios. temos aqui o TCP, maior terminal de contêineres da América do Sul, a Cattalini , o maior terminal privado de líquidos do Brasil, a Pasa, Klabin e vários outros terminais que estão investindo muito no nosso porto”, ressalta. 

“Além disso, temos um time de agentes marítimos extremamente competente, profissionais do porto altamente técnicos e uma Capitania do Portos sempre pronta, atuar na solução das demandas necessárias para tornar o Porto de Paranaguá cada vez mais competitivo. Com isso, digo que a Praticagem tem muito orgulho de fazer parte desta comunidade e que a vinda deste navio é um novo marco para Paranaguá, que certamente nos mostra um futuro brilhante”, salienta o diretor-presidente da Paranaguá Pilots.

Capitania dos Portos do Paraná

De acordo com o Capitão de Mar e Guerra, André Luiz Morais de Vasconcelos, Capitão dos Portos do Paraná, para garantir a segurança na atracação do navio e de grandes embarcações “são cobrados e verificados constantemente os levantamentos hidrográficos da área, onde se confirma as profundidades necessárias para as operações” (Foto: Divulgação)

“A Capitania dos Portos preza sempre pela segurança da navegação, acompanhando a evolução da infraestrutura dos canais e berços dos Portos de Paranaguá e Antonina”, afirma o Capitão de Mar e Guerra, André Luiz Morais de Vasconcelos, Capitão dos Portos do Paraná. Segundo ele, para garantir essa segurança, a Marinha do Brasil, através da Capitania dos Portos do Paraná (CPPR), cobra e verifica de forma constante os levantamentos hidrográficos da área, “onde se confirma as profundidades necessárias para as operações”, completa.  

“Também são efetuados estudos junto à Autoridade Portuária, com assessoria do Serviço de Praticagem, para se chegar a melhor forma de alcançar os ganhos almejados pela comunidade Portuária. Com essa integração entre diversos atores portuários, a Capitania dos Portos consegue tomar as decisões necessárias a fim de garantir o desenvolvimento do porto de forma segura”, finaliza o Capitão de Mar e Guerra.

Com informações da TCP

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