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Infraestrutura

Avança processo de licitação do Moegão ferroviário do Porto de Paranaguá

Foi aberto envelope com a proposta de valor feita pelo consórcio

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

A quarta-feira, 5, ficará marcada por um grande investimento na sede administrativa da Portos do Paraná. A Comissão Permanente de Licitação e Cadastro (CPLC) abriu os envelopes da licitação do projeto Cais Leste do Porto de Paranaguá, conhecido como “Moegão”. Um consórcio, formado por quatro empresas de engenharia, arrematou o edital 006/2022. A reunião teve a presença de uma outra companhia, como ouvinte.

A proposta vencedora foi de R$ 592,7 milhões para elaboração do projeto executivo e execução da obra. Também foi aberto o envelope contendo a documentação técnica exigida pelo edital (cerca de 1.500 páginas). A partir de agora começa o período para análise do material e prazos de recursos. Somente após esses intervalos e a homologação dos resultados é que serão divulgadas as empresas participantes, segundo a CPLC.

Apesar de presencial, a licitação também foi transmitida pelo canal da empresa pública no YouTube. Remotamente, participaram quase 50 ouvintes. Toda informação em relação ao certame está disponível para consulta no site.

AVANÇOS 

Com a sessão desta quarta-feira, a Portos do Paraná cumpre mais uma etapa para o desenvolvimento do projeto executivo e realização da obra, que prevê a centralização da descarga ferroviária de grãos e farelos em uma moega exclusiva no Corredor Leste de Exportação do Porto de Paranaguá.

“Depois de quase dois anos de preparação e projeto básico, a gente chega à primeira fase da etapa externa que é essa, de apresentação das proponentes e seus preços”, comentou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, que também acompanhou a sessão.

O consórcio, segundo Garcia, reúne grandes empresas e apresentou uma proposta interessante, que será analisada antes de seguir para a segunda etapa, de habilitação. “Estando tudo de acordo com a documentação, a expectativa é que, muito em breve, tenhamos condição de assinar o contrato, para enfim, dar início à obra tão importante para o complexo portuário do Paraná”, destacou o gestor.

Além da moega exclusiva para cargas que chegam pela ferrovia, a proposta abrange, também, a reestruturação dos acessos dos Terminais da Região Leste do Porto de Paranaguá, otimizando a capacidade de recepção de cargas em ambos os modais rodoviário e ferroviário.

“É uma obra que muda o conceito de operação ferroviária no Porto de Paranaguá. Talvez, a maior obra da história dos portos do Paraná”, disse Garcia.

O projeto, ainda de acordo com o executivo, considera a realidade atual e a necessidade de ampliar a participação do modal ferroviário, mas também olha para o futuro da logística no Estado e no cenário nacional. “Desenvolveremos essa obra pensando na Nova Ferroeste, no fim da concessão da malha sul que nos atende. Enfim, temos grandes investimentos externos no porto, que demandam muito a ferrovia e precisamos estar preparados para isso”, acrescentou.

O QUE SERÁ FEITO

Nesta contratação, pretende-se a execução de trecho do empreendimento, denominado Fase 01, composto por:

– Moega ferroviária composta por três linhas de recebimento de grãos com capacidade para descarga simultânea de três vagões cada;

– 1,7 km de galerias para transportadores de correia;

– 4,8 km de correias transportadoras totalmente enclausuradas com capacidade de projeto de 2000 t/h (correias de 54”), para transporte do produto descarregado na Moega Ferroviária diretamente nos terminais logísticos da área portuária;

– O sistema de descarga ferroviária será concentrado em uma moega ferroviária exclusiva e o escoamento se dará por correias transportadoras totalmente enclausuradas, de forma a não permitir emissões de material particulado para a atmosfera.

CARACTERÍSTICAS

– Capacidade para 180 vagões simultâneos;

– três linhas independentes;

– 11 terminais interligados;

– Expectativa de + 24 milhões de toneladas de grãos e farelos/ano;

– 900 vagões/dia (300 vagões em cada uma das três linhas);

– 60 vagões por lote, a cada 3,5 horas;

– 15 composições diárias (com 60 vagões cada), cinco encostes diários e aumentando gradativamente ao longo de dez anos;

– Vagões passarão de 65 t para 80 t.

BENEFÍCIOS

– Mais organização no trânsito e no fluxo dos modais;

– Redução do ruído da buzina dos trens;

– um navio de grão = 1.200 vagões x 1.800 caminhões;

– Custo 30% menor e 73% menos CO2 na atmosfera;

– Redução de 16 para cinco interferências rodoferroviárias.

Fonte: AEN

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