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Parnanguara Marcelo Santos busca medalha nas Paralimpíadas de Tóquio

Marcelo Santos, paratleta da Associação Paralímpica de Paranaguá, realizou intensos treinos antes de embarcar para o Japão

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No dia 24 de agosto acontece a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. O evento será realizado no Estádio Nacional do Japão, às 8h (horário de Brasília). No mesmo dia, já começam as primeiras disputas do evento. A delegação brasileira será composta por 260 pessoas (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiros), sendo 164 homens e 96 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 434 pessoas.

Paranaguá será representada pelo paratleta Marcelo Santos, na bocha paralímpica. Ele é treinado pela professora Silmara França, técnica de Paradesporto da Associação Paralímpica de Paranaguá (APP). O paratleta nasceu com distrofia muscular progressiva e iniciou sua caminhada na bocha por influência do irmão, Eliseu dos Santos, medalhista paralímpico em Pequim 2008, Londres 2012 e no Rio 2016.

Marcelo Santos é treinado pela professora Silmara França, Técnica de Paradesporto
da Associação Paralímpica de Paranaguá

A professora Silmara França contou da expectativa para o início de mais uma paralimpíada e da busca pela medalha olímpica com Marcelo Santos. “Nós esperamos uma boa atuação diante do fato de sua preparação intensiva. São cinco anos de preparação. Neste período, ele participou de diversas competições que serviram de base e observação, com tempo de realizar ajustes e correções. Ele está bem preparado e temos muita expectativa de uma medalha no individual e nos pares em que ele atua também jogando com o irmão dele que representa Curitiba”, comentou.

A bocha será disputada no Centro de Ginástica de Ariake, a partir das 21h30 (horário de Brasília), do dia 27 de agosto. Os torneios seguem até 4 de setembro, penúltimo dia da Paralimpíada de Tóquio.

Marcelo Santos, paratleta da Associação Paralímpica de Paranaguá (APP), realizou intensos treinos antes de embarcar para o Japão. Segundo a professora Silmara, os treinamentos ocorreram de segunda a sábado. “Com a pandemia, tivemos que nos reinventar. Todos os atletas em seus clubes precisaram de ajustes, adaptações para não ficar sem treinar. Os treinos começaram a acontecer em suas casas com acompanhamento a distância de seus técnicos de clube e dos técnicos da Seleção Brasileira. A duração do treinamento foi de seis a oito horas diárias, de segunda a sábado”.

Foto: ANDE

A bocha Paralímpica é praticada por paratletas com grau severo de comprometimento físico-motor, oriundo de uma paralisia cerebral elevada ou lesões medulares. A modalidade, de origem italiana e adaptada a pessoas com deficiência a partir da década de 1970, entrou para os Jogos em 1984, em Nova York.

“Temos orgulho em ter um paratleta em Tóquio, é a segunda paralimpíada do Marcelo, a primeira representando Curitiba e agora conosco. Ele se torna uma referência para os jovens que estão iniciando, o que é um fator positivo, pois a base é o nosso futuro”, relatou Silmara.

O objetivo da bocha é lançar bolas coloridas (vermelhas ou azuis) em direção a uma branca, idêntica em tamanho e peso (280 gramas), de nome jack, em uma quadra de 12,5 metros de comprimento por seis metros de largura. O paratleta que deixar a esfera mais próxima da branca ao final da rodada soma um ponto, aumentando a pontuação a cada outra bola que estiver mais perto da jack que as do adversário.

Em Tóquio estão os melhores paratletas do mundo. A professora Silmara descreveu que, como Técnica de Paradesporto da Associação Paraolímpica de Paranaguá, o sentimento é de orgulho e gratidão por ter o seu aluno no maior evento esportivo do mundo.

“Agora é torcer! O trabalho foi feito e esperamos sempre o melhor! O sentimento é de gratidão e orgulho! Quando ele nos procurou para nos representar o recebemos com muito carinho e isso prova que nosso trabalho é bem considerado. E trabalhando com pessoas com deficiência, nosso clube está sempre de portas abertas, pois a pessoa com deficiência precisa de oportunidade e de reconhecimento, independente de onde seja. Nosso lema é a integração. Pedimos a todos que torçam por ele e por todos os brasileiros que lá estão”, finalizou.

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio ocorrerão de 24 de agosto a 5 de setembro.

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