Muitas das conquistas da saúde pública brasileira se devem ao alcance das campanhas de imunização realizadas ao longo das últimas décadas. Várias doenças puderam ser erradicadas graças à ciência, que descobriu as vacinas e ao SUS, que disponibiliza essas doses à população.
Porém, apesar de gratuitas, seguras, de acesso facilitado em todas as unidades de saúde e com eficácia mais do que comprovada, as doses ainda sobram devido à baixa cobertura vacinal no País. De 90% de cobertura vacinal, o Brasil caiu para 60%, colocando em risco novamente a saúde pública, que viu algumas doenças sendo registradas novamente.
Movimentos antivacinas e desinformação têm contribuído para essa queda, algo que deve ser colocado em pauta novamente nesse momento. A Campanha de Multivacinação teve início na sexta-feira, 1.º, em todo o território nacional, com 18 doses de imunizantes disponíveis para crianças e adolescentes.
É indiscutível os benefícios que essas vacinas trouxeram para a população nas últimas décadas. Doenças como a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, foi erradicada no Brasil em 1990, graças a campanhas de imunização. Há pouco tempo, a doença ainda era endêmica em países da África. Só em 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) certificou 47 países africanos livres da pólio.
A poliomielite afeta principalmente menores de cinco anos e é incurável. Esse é apenas um exemplo do quanto um problema de saúde que pode afetar crianças pode colocar em risco a qualidade de vida desse público e trazer prejuízos para todo o sistema de saúde pública.
Torna-se necessário, para voltar aos bons índices anteriores de cobertura vacinal, mais informações verdadeiras e consciência da população. A campanha de multivacinação é um incentivo para a adesão às doses que estão disponíveis o ano todo nas unidades de saúde. Que ela seja capaz de mobilizar os moradores e trazer bons resultados para a saúde coletiva.