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Editorial

Mobilização contra o assédio

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Uma pesquisa realizada na cidade de São Paulo, maior capital do País, revelou que o assédio sexual é temido por 59% das entrevistadas. O transporte público foi citado como o local considerado o de maior risco para sofrer algum tipo de assédio, com 52% das mulheres declarando temerem os trens, ônibus e metrô da cidade. Em seguida, aparecem a rua (20%), bares e casas noturnas (7%), pontos de ônibus (5%), ambiente familiar (3%), transporte particular (3%) e o trabalho (2%).

Mesmo estando em último lugar nessa amostra divulgada, o risco de uma mulher sofrer assédio no trabalho merece atenção. Muitas ainda não sabem identificar o problema, mas sabem que algo está errado por não se sentirem confortáveis com determinadas situações. E isso pode mudar se as empresas adotarem campanhas para informar e alertar sobre comportamentos que não devem ser tolerados.

Sobre esse assunto, a empresa pública Portos do Paraná lançou neste mês, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, uma campanha para manter o ambiente de trabalho saudável e seguro para todos, especialmente para as colaboradoras. A atividade portuária tem tido cada vez mais representantes femininas, quebrando o paradigma de um ambiente masculino.

Como divulgado pela Portos do Paraná no ano passado, as mulheres têm ocupado funções na praticagem, no OGMO, nos caminhões, nos rebocadores e na mecânica dos grandes equipamentos. Na autoridade portuária, dos 521 colaboradores, elas somam 73. A maioria, 36, tem idade entre 20 e 35 anos.

Não há mais ambientes que elas não possam fazer parte. Elas podem estar onde quiserem e realizar muito bem suas funções. A campanha contra o assédio só reforça a importância de contribuir com uma sociedade mais justa para as mulheres. A mobilização contra o assédio, certamente, é uma forma digna de homenageá-las neste mês.

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