Com barreiras sanitárias e Ilha do Mel fechada, litoral compreende gravidade da pandemia

Na sexta-feira, 26, o governador Ratinho Júnior anunciou um “lockdown” em todo o Paraná, em virtude da pandemia da Covid-19, que apresentou aumento de casos e mortes, bem como possibilidade de colapso na rede estadual de saúde. Os sete municípios do litoral acataram o novo decreto do Governo do Estado, pois a situação do Coronavírus é preocupante na região. Além de paralisação de serviços não essenciais e ampliação do toque de recolher, barreiras sanitárias e fechamento de locais turísticos foram medidas adicionais adotadas no litoral que demonstram que os municípios entenderam a gravidade da situação pandêmica que vivemos.

Ocorreu em 2021, com a chegada da vacina contra a Covid-19, uma falsa sensação de segurança e de que a pandemia já estaria sendo superada. Entretanto, os imunizantes chegam aos municípios em um ritmo lento, a conta-gotas, enquanto aglomerações aumentaram em uma velocidade inimaginável. Foram desrespeitos seguidos às medidas preventivas que, infelizmente, ocasionaram um descontrole nas UTIs e aumento no número de vidas perdidas para a enfermidade. 

O universo paralelo negacionista, em que mortes são relativizadas e as fake news proliferam, gerou um descontrole da pandemia que pode ser visto diariamente com os números crescentes de casos e óbitos divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e Hospital Regional do Litoral (HRL). Somente no último fim de semana, nove pessoas do litoral morreram devido ao Coronavírus. Essas mortes poderiam ter sido evitadas, caso o respeito às medidas preventivas ocorresse de forma mais ampla pela sociedade.

A situação é preocupante e o novo decreto estadual foi uma medida acertada e necessária para que o colapso na saúde pública paranaense não ocorra. Da mesma forma, a adoção de barreiras sanitárias em Matinhos, impedindo entrada de visitantes que fazem o vírus circular mais fortemente, bem como fechamento da Ilha do Mel, em Paranaguá, para turistas, foram atos importantes do Poder Público para demonstrar a gravidade da situação. A economia é e sempre foi importante, a retomada é algo aguardado por todos os governantes e população, entretanto, o momento é de se prezar pela vida, em termos leitos suficientes para atender os doentes. Quanto antes controlarmos a pandemia e vacinarmos nossa população, mais rápido o contexto econômico se fortalecerá e a vida poderá voltar ao normal.

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