Editorial

A saúde como investimento

A cobertura do SUS na atualidade chega a 200 milhões de pessoas.

O Sistema Único de Saúde (SUS) completou 30 anos no ano passado, criado pela Constituição de 1988 para ampliar o direito de todos os brasileiros à saúde. A cobertura do SUS na atualidade chega a 200 milhões de pessoas, sendo que cerca de 80% delas não possuem recursos para pagar consultas e exames em clínicas particulares, dependendo exclusivamente do SUS para qualquer atendimento médico.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que, nos últimos oito anos, foram fechados 34 mil leitos no País. Além disso, mais que o orçamento de um ano, R$ 174 bilhões, deixou de ser utilizado por um problema de má gestão que não soube aplicar os recursos.

Sendo assim, a saúde pública ainda representa um grande desafio a nível estadual e municipal. Principalmente, porque as reclamações que tem como alvo os serviços de saúde são gigantescas. A demora nos atendimentos, dificuldade de marcar consultas e exames, além da falta de médicos e medicamentos fazem cair por terra a grande conquista que deveria ser o SUS para a vida dos brasileiros.

Nesta semana, Paranaguá, que já possuía diversas unidades básicas de saúde, conclui a entrega de outras três em bairros distintos para atender a população de forma mais abrangente, no Leblon, Ilha dos Valadares e Porto Seguro. O investimento é de R$ 6 milhões na construção de prédios, aquisição de equipamentos e mobília. As novidades fazem parte das comemorações de 371 anos da cidade.

Os investimentos em saúde são, sem dúvida, uma das maiores necessidades do País para a melhoria da qualidade de vida da população. Faz parte do tripé considerado fundamental nas administrações públicas, no qual a saúde está ao lado da segurança e da educação. No entanto, como os próprios dados indicam, os investimentos precisam atender aos anseios dos cidadãos. A implantação de unidades de saúde em bairros que não possuíam tal atendimento certamente irá trazer muitos benefícios. Em especial, em um período no qual é preciso cada vez mais aproximar a relação com o público em busca da ampliação das coberturas vacinais e de formas de prevenção e promoção da saúde.

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