Editorial

A polícia e o combate à violência sexual infantil

As ações de enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes ganhou um importante avanço nesta semana.

As ações de enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes ganhou um importante avanço nesta semana. Uma união de esforços entre as polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar resultou na chamada força-tarefa “Infância Segura”, contra a exploração de crianças em Paranaguá. Como a coordenação da operação relatou, essa foi a primeira grande intervenção no litoral do Paraná, baseada em denúncias e no mapeamento de possíveis focos de exploração.

Ações como essa de segurança pública contribuem de forma inestimável para a sociedade, pois, além de combater o crime, promovem o alerta para a prevenção. Muitas crianças ficam impedidas de viver sua infância de maneira integral, com direito à proteção, à vida e à saúde (como descrito na legislação que trata do assunto), tendo sua saúde mental prejudicada, levando marcas da violência sofrida para a vida adulta.

Historicamente, se as vítimas são menores, o fato é escondido pelos pais, até porque, sabe-se que a maior parte destes abusos é cometida dentro do próprio círculo familiar e por pessoas muito próximas às crianças. Este, certamente, não é o caminho para o enfrentamento.

A exploração e o abuso sexual infantil precisam deixar de ser tabu na sociedade para que mais políticas públicas sejam criadas com o intuito, ao menos, de tentar inibir que tais casos ocorram, dentro ou fora de casa, por meio do alerta a pais, familiares e professores.

É preciso reconhecer que existem crianças sofrendo e sendo privadas de sua infância, orientá-las e prestar atenção em todo e qualquer sinal. Além disso, é preciso ouvi-las, o diálogo entre pais e filhos nunca foi tão necessário como na sociedade moderna, em que as telas ocuparam o lugar das conversas.

Para os crimes dessa natureza, a atitude das polícias em realizar operações de combate, como a observada recentemente, é louvável, para capturar os responsáveis e fazer com que paguem pelos danos causados. A população também tem papel fundamental, denunciando sempre que houver suspeitas para ajudar a preservar a infância de tantas vítimas.

Você também poderá gostar

A polícia e o combate à violência sexual infantil

Fique bem informado!
Siga a Folha do Litoral News no Google Notícias.