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Editorial

A ocupação alarmante da Ala Covid-19 no HRL e a urgência nas medidas preventivas

O que se percebe, em muitos casos, é que parte da população não se comove mais com as mortes decorrentes do Coronavírus. Alheias ao momento humanitário crítico que vivemos, pessoas procuram relativizar os óbitos com discursos negacionistas, proliferando notícias falsas e desdenhando da ciência e da racionalidade

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A ocupação alarmante da Ala Covid-19 no HRL e a urgência nas medidas preventivas

Nos últimos três dias, 10 pessoas morreram na Ala Covid-19 do Hospital Regional do Litoral (HRL). As vítimas foram pessoas que residiam em Paranaguá, Guaratuba, Guaraqueçaba e Pontal do Paraná. A notícia é triste e repetida diariamente. Famílias choram seus mortos no litoral paranaense. Gostaríamos de divulgar que os números de óbitos e casos de Coronavírus estão recuando, entretanto a realidade é que o “lockdown” precisa ser respeitado e a sociedade precisa repensar como está enfrentando o Coronavírus. O jornalismo traz para o cidadão a realidade do momento, e o que ocorre atualmente é um descontrole da pandemia.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na terça-feira, 2, havia apenas um leito disponível na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Ala Covid-19 do Hospital Regional. O índice é alarmante, pois a UTI trata especificamente de pacientes em estado grave, ou seja, aqueles que estão lutando pela sua vida que pode ser perdida a qualquer momento para a Covid-19. É uma batalha extremamente difícil, que, para haver chances de ser vencida, precisa de uma estrutura concedida pelo sistema público de saúde com equipe médica de apoio, respirador e acompanhamento contínuo. 

Todo este cenário já foi percebido pelo Governo do Estado, tanto é que na sexta-feira, 26, o governador Ratinho Júnior decretou o “lockdown” em todo o Paraná, a ampliação do toque de recolher e pediu, urgentemente, que toda a sociedade respeite as medidas preventivas. Ou seja, adotar o distanciamento social, o uso de máscara e a higiene contínua das mãos, são itens obrigatórios e de sobrevivência, literalmente.

O que se percebe, em muitos casos, é que parte da população não se comove mais com as mortes decorrentes do Coronavírus. Alheias ao momento humanitário crítico que vivemos, pessoas procuram relativizar os óbitos com discursos negacionistas, proliferando notícias falsas e desdenhando da ciência e da racionalidade. Pensar desta maneira é um ato desumano, de desrespeito às vidas que estão sendo perdidas, às famílias enlutadas e aos profissionais de saúde que lutam diariamente contra este inimigo implacável chamado Covid-19, que se fortalece com o desdém da população à prevenção. 

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