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Direito & Justiça

Justiça adia julgamento do caso da Youtuber Isabelly

O crime aconteceu na madrugada de 14 de fevereiro de 2018, em Pontal do Paraná

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No fim da tarde de sexta-feira, 4, a advogada da família da Youtuber Isabelly dos Santos, Thaise Mattar Assad, informou que a Justiça adiou o julgamento do caso da Youtuber, marcado para acontecer na segunda-feira, 7, em Pontal do Paraná.

Ela explica que em razão da recente notícia no processo da ausência de imagens fundamentais, resultantes da reconstituição do local realizada em 22/2/2018, as quais, de acordo com a Delegada de Polícia que relatou as investigações, demonstram claramente que:

-O carro da vítima não estava em alta velocidade, tampouco realizou manobra conhecida como “cavalo de pau” e que;

-O acusado Everton teria desembarcado do veículo para ter ângulo para efetuar os disparos.

Com a intenção de disponibilizar aos jurados mais uma importante prova de acusação e evitar nulidades futuras – que prejudicariam os cofres públicos, trariam tumulto processual e ainda mais dor e sofrimento para os familiares da vítima –, esta assistência de acusação, em concordância com pleito ministerial de redesignação, pugnou pela urgente juntada da prova de acusação e redesignação do júri para a data mais próxima possível.

Entenda o caso

O crime aconteceu na madrugada de 14 de fevereiro de 2018, em Pontal do Paraná, quando Everton realizou seis disparos contra o carro em que estava a youtuber Isabelly. O crime aconteceu em Pontal do Paraná, na PR-412. Ela voltava de uma entrevista realizada em uma casa noturna junto com a mãe, o motorista e um colega que ajudava nas gravações para o seu canal no youtube Isa Top Show.

Um dos tiros atingiu a cabeça da vítima, ela chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital Regional do Litoral (HRL), mas faleceu. Os irmãos Vargas, que estavam no carro de onde partiram os disparos, foram indiciados pelo crime alguns dias depois do ocorrido, sendo que Everton efetuou o disparo e Cleverson dirigia o carro. No entanto, somente Everton será julgado no Tribunal do Júri.

Defesa

Defesa aponta falha no processo e juíza adia julgamento do caso da youtuber Isabelly.

Segundo a Defesa do acusado Everton Vargas, a juíza da cidade de Pontal de Paraná, Cristiane Dias Bonfim Godinho, decidiu cancelar o julgamento depois que o advogado Cláudio Dalledone, que defende Everton Vargas – acusado pela morte da menina -, solicitou a imediata juntada dos vídeos, fotos e medições realizadas durante a reconstituição dos fatos. Em entrevista coletiva na quinta-feira, Dalledone já alertava sobre a possibilidade de nulidade de todo o julgamento justamente pela falta de tais documentos no processo.

Diante do pedido da defesa, a magistrada resolveu adiar o julgamento e ainda revogar a prisão preventiva de Everton Vargas – que estava em prisão domiciliar com o monitoramento da tornozeleira eletrônica. Agora ele responderá ao processo em liberdade. O Ministério Público se manifestou a favor do adiamento e ainda requereu a soltura de Vargas.

“O processo estava errado, imperfeito sem as provas que contavam. Isso interessa tão somente aquelas que advogam a punição em homicídio qualificado de Everton Vargas. Nós queremos um julgamento justo e vamos trabalhar por isso. E a Justiça tem nos respondido. Um julgamento e jamais um linchamento”, disse Dalledone.

Na decisão, a juíza reconheceu que a reconstituição do crime ocorreu, no entanto, o laudo não foi juntado aos autos.
“Analisando os requerimentos apresentados pela Defesa, Ministério Público e Assistente de Acusação, verifico que a Sessão de Julgamento deve ser cancelada. Isso porque, de acordo com as informações acostadas pelas partes, constata-se que não obstante a informação, a reconstituição do crime ocorreu, todavia, o material produzido não foi juntado aos autos. Nesse contexto, diante da proximidade da Sessão de Julgamento e a impossibilidade de juntada das provas indicadas a tempo, cancelo a Sessão de Julgamento designada”, diz um trecho da decisão.

A magistrada ainda determinou que seja oficiada a Polícia Cientifica do Paraná “para que encaminhe ao Juízo, todo o material confeccionado durante a ‘reconstituição dos fatos’ ocorrida em 22/02/2018, como requerido pelas partes, no prazo de quinze dias”.

Com informações dos advogados de Defesa e Acusação

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